[A seguir, entrevista com Oscar e Tamara, dois companheiros da CNT-AIT Salamanca que se encontram atualmente no México e que participaram nas Brigadas Civis de Observação, uma organização que denuncia os abusos do governo mexicano contra as comunidades indígenas de Chiapas.]
Por CNT Salamanca
Pergunta > O que os levou a participar neste projeto?
Resposta < Enquanto nos encontrávamos em San Cristóbal de las Casas (Chiapas) decidimos participar com o Frayba na tarefa de observadores internacionais nas Brigadas Civis de Observação (BriCo). Decidimos participar, porque nos parecia que era uma das melhores formas que tínhamos de apoiar a estes povos indígenas contra a guerra suja e encoberta que tem o Estado mexicano em Chiapas para acabar com a luta zapatista. O trabalho realizado desde este projeto o entendemos como parte inerente à ação de defesa e promoção integral dos direitos humanos e indígenas.
Pergunta > O que está ocorrendo atualmente em Chiapas? Qual é o trabalho das BriCo?
Resposta < Desde há muito tempo o governo e a mídia de massa falam de que esta guerra já terminou, mas de forma frequente os grupos paramilitares e militares financiados pelo governo provocam em Chiapas dezenas de desaparecimentos, encarceramentos, tiroteios e desalojamentos nas comunidades indígenas que resistem ao capitalismo. Pelo que as pessoas que participam como brigadas de observação internacionais o que fazemos para prevenir ou dar testemunho, se ocorre algo destes abusos e dar voz à situação que sofrem os povos zapatistas de Chiapas que o governo quer ocultar, já que por desgraça, a opinião pública considera mais verídico o testemunho de alguém externo ao movimento zapatista que de um indígena que o padece diretamente.
Pergunta > Como os receberam nas comunidades indígenas?
Resposta < A gente que nos recebeu na comunidade foi verdadeiramente amável e solidária, para nós foi uma das experiências mais enriquecedoras que vivemos: poder conhecer em primeira pessoa o funcionamento destas comunidades autônomas em resistência, poder conhecer de perto as bases do zapatismo.
Pergunta > Que recomendam a outras pessoas que poderiam se interessar pelo projeto? Que necessitariam?
Resposta < Animamos a todo aquele que deseja ajudar a aportar seu pequeno grão de areia a participar nos BriCos. Só é necessário contar com uma carta aval de uma organização solidária (nós participamos como CNT), uma preparação prévia, dispor de quinze dias para a estância na comunidade, falar fluentemente o castelhano e, sobretudo muita vontade de apoiar. É necessário teu apoio para que não fiquem impunes as atrocidades que produz a guerra encoberta em Chiapas.
Tradução > Cárou
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!