Em 29 de novembro completam 150 anos de um dos massacres mais cruéis contra a população nativa dos Estados Unidos da América, nas margens do rio Sand Creek e no qual morreram mais de 150 indígenas, na sua maioria mulheres, criança e velhos.
Em memória daquelas vítimas e de todos os indígenas que foram objeto de extermínio e em favor da memória e da justiça, na próxima sexta-feira, 28 de novembro, as cidades de Barcelona e Milão [Itália] denunciarão aqueles fatos de 1864 e também que, todavia hoje, segue encarcerado um símbolo para os direitos humanos dos povos indígenas da América: Leonard Peltier.
Em duas praças do bairro de Gracia em Barcelona (Plaça del Diamant às 17h30 e Plaça de la Vila de Gràcia às 18h30) e em frente ao Consulado norte-americano em Milão, na mesma hora e em conexão radiofônica, nos encontraremos para denunciar aquela trágica história e todos os massacres do “homem branco” (Wichita, Wounded Knee…).
Será também o momento de reclamar a liberação do ativista norte-americano Leonard Peltier, condenado sem provas em 1976 pelo assassinato de dois agentes do FBI, e conhecido como “o Nelson Mandela dos índios da América do Norte”. Em Barcelona, desde 6 de fevereiro passado o Comitê de Solidariedade pela Liberdade de Leonard Peltier protesta cada mês diante do Consulado dos Estados Unidos em Barcelona, reclamando sua liberdade e a de todos os presos políticos dos EUA (Mumia Abu-Jamal, Os Move, etc…). O movimento em favor de sua liberação segue crescendo, assim como as petições internacionais que se somam às já formuladas pela Anistia Internacional, Human Rights Watch, Nelson Mandela, Desmond Tutu, Dalai Lama, Michail Gorbachov, Rigoberta Menchú, Madre Teresa de Calcutá, Paul McCartney, Bruce Springsteen, Madonna e milhares de pessoas de todo o mundo. Hoje só uma assinatura do presidente Barak Obama, pode liberar a Leonard Peltier e tirá-lo de uma prisão onde foi condenado até os 90 anos de idade.
Convidamos aos cidadãos a participar nos protestos, e aos meios de comunicação a difundir a permanente injustiça contra as comunidades indígenas e contra Leonard Peltier, Mumia Abu-Jamal, Óscar López Rivera e todos os presos políticos. No passado 12 de setembro, Peltier completou na prisão 70 anos de idade, mais de 38 anos de duro encarceramento e doente, portanto sua liberação se converte também em uma questão de direitos humanos. Enquanto Leonard Peltier e os presos políticos não saiam da prisão, ninguém será livre.
No espírito do Cavalo Louco…
Comitê de Solidariedade pela Liberdade de Leonard Peltier
Tradução > Sol de Abril
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