A p r e s e n t a ç ã o:
Somos um coletivo autogestionado. Nos encontramos pela primeira vez no ano de 2011. Após consolidar afinidades fomos definindo o que agora são os projetos que formam as Redes Autogestionadas: uma rede de apoio mútuo (RAM), e uma rede de consumo (RAC).
Este espaço significou e significa uma escola de autogestão para xs que fazem parte dele. Nossa forma de organização é assembleária e horizontal, e rechaçamos a relação com as instituições, suas estruturas e suas práticas. As assembleias são abertas.
Os projetos e outras atividades que se desenvolvem nas redes estão em contínua evolução, tratando de fugir de posições dogmáticas. Aprendemos dia a dia com nossas incoerências para caminhar na direção oposta.
De início…
A assembleia se formou com a intenção de estudar e pôr em prática formas de vida alternativas ao capitalismo.
Após muitos debates que se alongaram durante alguns meses conseguimos definir um esquema com diferentes projetos econômicos que nos apetecia experimentar. Conscientes de haver nascido dentro de um sistema doutrinário e opressivo que trata de manter a todo o mundo sob seu controle, nossa meta era criar espaços livres de sua influência o máximo possível. Tendo em conta a dificuldade que implica esta aventura propusemos dividir a ideia em vários projetos paralelos que se complementassem e nos servissem de transição necessária até a plena autogestão e a independência. Definimos vários projetos econômicos dentro de uns limites que não desejamos cruzar, em uma graduação com diferentes alternativas.
A meta de nossas ideias, uma economia baseada na colaboração voluntária da comunidade sem valorizar o que se dá, e os modelos que nos ajudem a levar a cabo uma transição necessária desde os valores inculcados pelo sistema e seu controle sobre as pessoas e os meios até a gratuidade. De uma forma mais intuitiva que planejada começamos a pôr em marcha pouco a pouco alguns projetos.
O primeiro que organizamos foi a Rede de Apoio Mútuo (RAM), uma rede de pessoas que compartilham coisas ou serviços de qualquer tipo sem valorizá-lo nem pedir nada em troca. Quer dizer, a economia da gratuidade. Qualquer proposta que implique um intercâmbio ou interesse no que se oferece ou solicita estaria fora deste projeto.
A seguinte ideia, buscando uma futura autogestão da produção, foi criar uma Rede Autogestionada de Consumo (RAC) onde nos aproximássemos das pessoas que produzem e o meio natural, onde pudéssemos adquirir conhecimentos e aprendêssemos a cooperar e trabalhar juntxs, ademais de demonstrar-nos que podemos organizar nossas vidas sem depender de hierarquias nem chefes, sem intermediárixs nem gestorxs. Graças a esta iniciativa, muitxs conhecemos também a importância de um consumo mais responsável e os benefícios sobre a saúde e o meio que isto implica. Nesta iniciativa contemplamos o uso do dinheiro.
Outro projeto em marcha foi a Rede Autogestionada de Serviços (RAS), iniciativa baseada no intercâmbio multi-recíproco através de uma moeda social, o LAZO.
Nosso principal objetivo é o de mudar nossa forma de relacionar-nos e fomentar valores como a autogestão, o apoio mútuo, a horizontalidade, igualdade entre as pessoas, assemblearismo… e desmontar a grande mentira de que não somos capazes de decidir sobre nossas vidas e nosso futuro, comportando-nos de uma forma mais humana e sendo mais felizes.
Redes Autogestionadas de Málaga
redesautogestionadasmlg.wordpress.com
Tradução > Sol de Abril
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Lisa Carducci
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!