Em junho de 2013, o Brasil redescobriu que política se faz nas ruas.
Dois anos depois, o país vive um momento de crise econômica, social e política, no qual a falência total do projeto de conciliação de classes do PT e a ausência de um projeto à esquerda abriram espaço para o crescimento de um discurso violento, intolerante e neoliberal oriundo da direita.
Da reedição da Marcha com Deus e a Família pela Liberdade aos projetos de lei da terceirização e pela diminuição da maioridade penal, quem estava na rua desde muito antes de junho e ainda continua nela sofre na pele diariamente a violência fascista, ainda que em São Paulo ela se disfarce de ciclovia – mas continue dando de ombros pra questão da moradia e aprovando leis que pretendem varrer o trabalhador ambulante da cidade.
É dentro dessa perspectiva que a Casa Mafalda convida todos os coletivos, grupos e pessoas autônomas, anarquistas, libertárias e/ou da esquerda não-autoritária e não-governista para debater sobre este novo junho, o de 2015, que não aparece nos seminários intelectuais.
O papo é reto, da rua pra rua: pra onde vai a nossa luta?
Convidamos pro debate:
– o Coletivo Autônomo Dos Trabalhadores Sociais, que luta diariamente contra o achaque feito à população de rua, seja na Cracolândia, seja nas tendas da prefeitura, que estão sob ameaça de fechamento, seja em qualquer outra rua onde durma uma pessoa em São Paulo;
– os Garis do Rio de Janeiro em Luta, representados por Celio Gari, que virá diretamente do Rio de Janeiro para essa conversa;
– Celina, do Fórum dos Ambulantes de São Paulo, lugar de mulheres guerreiras que antes, durante e depois da Copa do Mundo estiveram lutando contra a perseguição, por vezes com assassinato, dos ambulantes da cidade e pelo seu direito de trabalhar com dignidade;
– o Moinho Vivo (ainda por confirmar), movimento que há anos luta pelos direitos dos moradores da Favela do Moinho, a última favela do centro de São Paulo;
– e quem mais quiser aparecer pra discussão.
Durante o debate, estaremos vendendo comidas típicas de festa junina: quentão, vinho quente, paçoca, pé-de-moleque, cuscuz e outras delícias culinárias desta que talvez seja a última das festas populares urbanas que ainda não foi completamente gourmetizada.
E depois da troca de ideias, a gente confraterniza!
Sábado, 27 de junho. Comida desde as 18h, debate a partir das 19h.
Entrada franca.
Casa Mafalda
Rua Clélia, 1895, Lapa.
A três quadras do terminal Lapa e da estação Lapa da linha 8 da CPTM.
E-mail: contato@casamafalda.org
Site: casamafalda.org
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!