Vida e obra de Felix Nussbaum, pintor alemão de origem judia morto em Auschwitz
Por Leon Carelli
Os horrores do massacre do regime nazista da Alemanha deixaram inúmeros vácuos dentro da história do país. Uma das trajetórias interrompidas em meio ao extermínio racial comandado por Adolf Hitler na década de 1940 foi a do pintor Felix Nussbaum, nascido em Osnabruck, no noroeste do país, em 1904. Fez sucesso com exposições em Berlim nas décadas de 1920 e 30, até a chegada do nazismo no país, quando foi obrigado a exilar-se, até ser capturado e morto em um campo de concentração da cidade de Auschwitz, na Polônia ocupada pela Alemanha. Suas últimas obras retratam de forma sutil cenas carregadas de tristeza, perseguição e prisão.
Felix era filho de Phillip Nussbaum, que ironicamente era um nacionalista que lutou pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial, antes da ascensão dos nazistas. Phillip também era pintor, mas exercia a arte apenas como hobbie. O pai de Felix nunca pode dedicar-se à pintura por questões financeiras. Precisava trabalhar em outras funções. Isso fez com que Felix crescesse com todo o apoio de seu pai, que o amparou assim que se deu conta do talento do filho.
Holocausto
Os anos seguintes de Felix Nussbaum foram vividos na base do medo. Ele e sua esposa, Felka Platek, passaram dez anos exilados na Bélgica. Foi o período de maior isolação artística e emocional de Félix, privado de contato com os pais que nunca mais voltaria a ver. Apesar dos problemas, foi um dos períodos mais produtivos do artista. Em 1940, quando a Alemanha invadiu a Bélgica, Nussbaum foi preso e levado para a França. Conseguiu escapar e encontrar-se com a esposa. Os dois passariam o resto de suas vidas se escondendo.
Nos quatro anos seguintes dependeu da ajuda de amigos para se esconder e para continuar pintando. O fluxo estranho e inseguro de sua vida refletiu-se em sua arte, que se tornou mais sombria. Em 1944, no mês de fevereiro, os pais de Félix foram mortos em Auschwitz. Em julho, ele e sua esposa foram encontrados em um sótão pelas forças nazistas. Eles morreram no dia 3 de setembro. Todos os membros da família Nussbaum foram mortos em 1944. O último, irmão de Felix, morreu em dezembro por exaustão.
Construído no ano de 1998, o museu que homenageia Felix Nussbaum fica em Osnabruck, sua cidade natal. O edifício foi arquitetado por Daniel Libeskind, que também projetou a torre do novo One World Trade Center em Nova Iorque, que substituiu as torres antigas destruídas em setembro de 2001. Libeskind também possui origem judaica e é um dos sobreviventes do holocausto. Neste museu encontram-se todas as obras de Felix Nussbaum, que juntas totalizam mais de 160 peças. O museu também acolhe exposições que tem como foco denúncias de racismo e intolerância. O dia 11 de dezembro marca o nascimento de Félix Nussbaum, um dos principais artistas a retratar os horrores do regime nazista na Alemanha.
Fonte: http://www.dm.com.br/cotidiano/2015/12/retratos-do-holocausto.html
agência de notícias anarquistas-ana
no poste
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Joaquim Pedro
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!