O calor intenso, mudança de local na última semana, aos poucos as pessoas vão chegando, as banquinhas vão se armando, livros, revistas, zines e materiais diversos são expostos para venda e apreciação, jornais e panfletos para distribuição, troca de ideias, cumprimentos e sorrisos, dia 12 de dezembro, 10 horas da manhã, abertura da 2ª Feira Anarquista da Baixada Santista.
Prejudicada um pouco pela mudança (em “cima da hora”) estratégica de local, que foi necessária devida a forte chuva que caiu no período da tarde, mudança no cronograma das atividades, mas nada destes fatores impediu que a atividade ocorresse e a difusão do anarquismo se desenvolvesse. Companheiras/os de diversos locais estiveram presentes: CCS/SP, Biblioteca Terra Livre (SP), Liga Libertária (RJ), Fenikso Nigra (Campinas/SP), Ativismo ABC (Santo André/SP), pessoas de Piracicaba, Rio Grande do Norte, entre outras localidades e coletivos e individualidades da Baixada Santista como o Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri (Guarujá/SP) e Marcha da Maconha de Santos, marcaram sua presença com a troca de idéias ou com suas banquinhas de difusão ácrata.
As rodas de discussões e debates previstas para iniciarem às 11 horas, tiveram suas ordens alteradas, tendo as atividades sendo iniciadas apenas com a apresentação da aula-teatro “Emma Goldman – Uma Vida Libertária”, ministrada pela companheira Cibele Troyano, que agradou ao público e para aqueles que buscavam informações, tiveram uma boa aula introdutória sobre a biografia desta destacada militante anarquista que foi Emma Goldman. Após a encenação de Cibele e a apreciação do público uma forte chuva “despencou”, aliviou o intenso calor, mas não impediu que as rodas de debates seguissem. No ano em que adolescentes encostaram o Estado de São Paulo na parede, nada melhor do que escuta-los e trocar idéias com estes protagonistas na roda “Ocupações nas Escolas”, com alunos das escolas ocupadas da cidade de Santos, conversação rica e bastante produtiva, tendo os alunos como verdadeiros professores para reflexões em futuras ações. Após esta troca de ideias segue o lançamento do livro “A Colmeia” (La Ruche), de Sebastién Faure junto a palestra “Educação Anarquista: Ontem e Hoje”, proferida pelos companheiros da Biblioteca Terra Livre.
Debate sobre a questão das drogas também esteve presente com o título “Antiproibicionismo: Uso De Drogas & Autonomia”, organizado pelas companheiras do coletivo Marcha da Maconha de Santos. Convite e presença das companheiras e amigas Sâmara (Associação de Cortiços do Centro) e Cintia (Coletivo Redução Não é a Solução), expressaram sobre os Movimentos Sociais na Baixada Santista, os companheiros Fábio e Pedro falaram sobre Comunicação & Segurança na atual era do facebook e teve o companheiro João Neto, da Liga Libertária do Rio de Janeiro, fazendo sua fala e chamando o debate sobre “Federalismo: Organização & Lutas de Hoje”. Em meio a tudo isso, houve o lançamento do livro “Da Escravidão à Liberdade – A Derrocada da Burguesia e o Advento da Igualdade Social”, de Florentino de Carvalho, re-editado pela editora Tumulto (Seridó/RN), mural sobre relações livres, exposição de fotos e diversos materiais anarquistas, enfim um dia cheio de atividades.
Para encerrar, assim como ocorreu na primeira, houve música e dança, desta vez com a presença das/os companheiras/os do Preta Bandeira, com seus tambores e o som do jongo que contagiou a todas/os presentes. Se as vendas não foram muitas, as rodas de conversa e debate fluíram muito bem, com pessoas procurando informações e conhecer o ideário ácrata, o que nos leva a pensar que um novo mundo é possível, e assim sendo, seguimos com a difusão e propagação do anarquismo!
Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri (Guarujá-SP).
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um olhar e um toque:
te adivinho…
Carlos Seabra
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!