No próximo sábado, 13 de fevereiro, acontecerá a inauguração do espaço liberado Ateneu Anarquista A Hydra, na cidade de Rubí. Esse dia é importante não só porque abrimos nossas portas pela primeira vez, mas por que iniciamos um ciclo de palestras e debates que vão durar vários meses e onde pretendemos reconstruir a história escondida, aquela que não nos contaram. Para fazer isso, dividimos cronologicamente diferentes etapas/fatos da história: a Pré-história, Medieval, Ilustração, Comuna de Paris, Guerra Civil, e “Transição”.
No mesmo dia 13 às 18h será a apresentação do nosso projeto e do ciclo, que terá início com a palestra sobre a Pré-história, realizada por Manuela Pérez, às 19h. Após a palestra faremos um jantar vegan (21h) e musiqueta com Dj Happy Roots até às 24h.
Apresentamos este ciclo de palestras e debates com o propósito de recuperar parte da nossa história. Como em todas as áreas, os poderes sempre tergiversaram tudo para o benefício de seus interesses, entre os quais estão a nossa alienação e ignorância para fazer-nos umas escravas contentes, perpetuando desta forma nossa submissão por medo da revolta, e eles continuando uns parasitas.
Cavando em nossa história, vemos que não é como eles nos disseram na escola, no instituto, na faculdade ou na maioria dos livros; há muito tempo que eles nos declararam guerra e a história nunca é escrita pelas vencidas.
A pior parte de suas mentiras, é sobre nós mulheres, como se tornou habitual. E sobre quem não segue as regras heterossexuais ou decide mudar seu sexo, ou não fazer parte de nenhum estereótipo.
A história que queremos falar no ciclo é a das sociedades igualitárias, não-hierárquicas, sociedades que adoravam a terra, o sexo, o corpo, que conheciam o uso das plantas, que não dependiam de um trabalho assalariado mas de terras comunais, em que os papéis de gênero e gostos sexuais eram decisão de cada indivíduo. Não queremos cair na visão idílica, porque sabemos que havia muitos tipos de sociedade e que nem todas eram igualitárias, mas também sabemos que elas existiram e que antes de cristo, houve muitos anos de história da humanidade e nem sempre foram de pessoas se matando a pauladas como nos contaram.
Colocamos ênfase especial na construção do patriarcado, o porquê e o que teve a ver com a igreja, a construção dos estados, o mercantilismo, o capitalismo e a industrialização, e, assim, fazer uma leitura crítica até a história recente.
Nós, as sem nome, as que nunca aparecem na história, as esquecidas, sempre estivemos presentes, e nem sempre submissas e caladas como queriam. Que a rebeldia e a força de nossas antepassadas nos sirva e inspire para construirmos juntas um novo imaginário.
Do fogo em que queriam nos queimar, na fogueira, veio o fogo que queimou as igrejas, o petróleo que fez arder Paris, é o mesmo que um dia voltará a surpreendê-lo.
agência de notícias anarquistas-ana
Num atalho da montanha
Sorrindo
uma violeta
Matsuo Bashô
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?