Definitivamente somos imprestáveis para o funcionamento desta sociedade baseada na dominação de tudo, da terra, dos seres.
Somos parte da terra, da imensidão da natureza. A terra, os seres vivos, não estão aí para servir, ser domado e transformado em valor monetário.
Esta doentia maneira de viver, que é a regra da máquina, não é a nossa, nos ofende, maltrata e assassina com extrema violência.
Não te parece?
Realmente não podemos nos calar e conformar mantendo as misérias que nos condicionam na busca de recursos básicos.
A passividade, a obediência, a apatia não tem espaço em nosso vocabulário.
Não vamos cooperar para o domínio e o controle! Tudo pelo contrário. Atuamos pela destruição, pelo vandalismo, às estruturas e valores do reino do dinheiro.
Sua cidadania é uma humilhação que muitos escravos ainda sonham. Não nos enganam com tamanho engodo. Não desejamos sermos servos de nenhum rei, de nenhum estado, de ninguém, de nada.
Na madrugada de 18 de janeiro fomos ao encontro de um tanque de guerra estacionado na Avenida Perimetral esquina Ipiranga ao lado de um quartel do exército em Porto Alegre.
O tanque estava exposto na avenida e segundo as notícias ali ficaria como um presente para a cidade.
Abandonamos um artefato incendiário com um dispositivo de retardo sobre o tanque. Sabemos que acionou, porém de alguma maneira, que ignoramos, sua força incendiária e destrutiva não iluminou com toda sua beleza.
Três dias depois o tanque foi retirado da rua sem mencionarem este fato. Através das notícias percebemos que outros foram até lá contribuir para sua destruição. Nossa alegria era ter o carbonizado.
Com este ato aprendemos uma vez mais que somos capazes de atacar e ferir os que impõem este colapso organizado. Aprendemos que nossa ação surte efeito, que o que realizamos com determinação balança seu entorno.
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Nos querem amedrontados, escravizados. Rompa as grades que te rodeia! Dentro de você e na sua volta.
Esta ação não foi um caso isolado, nos irmanamos com esta ação e intenção com uma rajada de ações por todas as partes do mundo.
Nos irmanamos no ataque contra a dominação pela libertação total.
Um salve à todos indomáveis que não sossegam somente com as palavras e as ideias em sua mente. Estejam onde estiverem. Estamos vivos!
Nos bosques da Alemanha, nos cortes de estrada e nos acampamentos na Argentina contra a Monsanto, na Itália contra as linhas de trem, na França contra um novo aeroporto, pelas ruas de Exarchia na Grécia, nas barricadas no Chile, nas pichações em Guayaquill, no alto dos Andes ou nas terras dos xiximecas, nas prisões de Espanha.
Vândalos Selvagens Antiautoritários
Fevereiro de 2016
Notícia na mídia: http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2016/01/tanque-exposto-na-avenida-ipiranga-como-monumento-sera-retirado-do-local-apos-vandalismo-4955270.html
agência de notícias anarquistas-ana
Madrugada fria.
A lua no fim da rua
vê nascer o dia.
Ronaldo Bomfim
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!