O governo italiano liberou uma série de documentos que descrevem crimes de guerra fascistas e nazistas cometidos no país durante a Segunda Guerra Mundial, e que estavam escondidos há décadas no que ficou conhecido como o “Armário da Vergonha”.
A medida foi executada por decisão de uma comissão parlamentar que havia investigado a ocultação dos arquivos relacionados a esses crimes. Mais especificamente, a comissão lidou com o chamado “Armário da Vergonha” – um armário de madeira descoberto em 1994 em um armazém na sede da Procuradoria militar italiana, no qual 695 arquivos originais dos serviços secretos, da chancelaria e do Ministério do Interior, entre outros, vinham sendo escondidos, há décadas, sob o carimbo “provisoriamente arquivados”.
Os documentos descrevem crimes que variam de casos de perseguição antissemita a massacres de civis. No total, os horrores detalhados somam cerca de 15.000 mortes, entre elas o assassinato de cerca de 560 pessoas, incluindo dezenas de crianças, por parte da SS, na aldeia toscana de Sant’Anna di Stazzema.
Um relatório da inteligência britânica intitulado “Atrocidades na Itália”, também encontrado no “Armário da Vergonha”, descreve como oficiais britânicos entregaram descobertas investigativas aos promotores italianos após a Segunda Guerra Mundial, a fim de ajudá-los a submeter os criminosos de guerra a julgamento.
A presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Laura Boldrini, disse que a divulgação dos papéis é um passo importante no caminho do país em direção à transparência.
“Um país verdadeiramente democrático não deve ter medo do seu passado”, disse ela, citada pela International Business Times.
Renzo Gattegna, presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, saudou a abertura dos arquivos como um “avanço histórico” que “preenche uma lacuna grave e anuncia o início de uma nova era de consciência sobre os crimes e as responsabilidades do fascismo e do nazismo na Itália”, de acordo com o jornal Times of Israel.
Os documentos foram incorporados em um banco de dados de 13.000 páginas no site da Câmara dos Deputados na terça-feira (16). Os internautas podem navegar pela lista e solicitar cópias digitais de arquivos específicos.
Segundo a investigação parlamentar lançada em 2003 em torno do “Armário da Vergonha”, os documentos não foram deliberadamente escondidos, mas, antes, esquecidos no depósito. No entanto, um relatório independente considera que eles foram intencionalmente enterrados a fim de evitar relações prejudiciais com a Alemanha.
agência de notícias anarquistas-ana
Caem no telhado
gotas de chuva ritmadas:
fresca batucada.
Ronaldo Bomfim
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!