Os gritos de saudação a Adolf Hitler, utilizados na Alemanha nazi, foram ouvidos ontem (7) à noite numa manifestação de um grupo de extrema-direita em Leipzig.
” A Alemanha está a acordar”, gritava Lutz Bachmann, fundador do Pegida (acrónimo que significa grupo patriotas alemães contra a islamização do Ocidente).
Na mesma altura, faziam-se ouvir as vozes dos cerca de 900 apoiantes do movimento anti-islâmico. “Heil Hitler”, gritavam alguns em coro, com particular satisfação em quebrar aquilo que é tabu.
Tratava-se de uma manifestação do Legida, a versão do Pegida em Leipzig, que celebrava os resultados do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) nas eleições regionais no estado do Hesse, no passado domingo. O partido de extrema-direita eurocético e anti-imigração tornou-se na terceira força política deste estado federado com 13,2% dos votos.
“No Hesse já começam a pensar com a cabeça”, garantiu Bachmann, citado pelo jornal ABC, aproveitando para antever os desenvolvimento nas eleições regionais dos três estados que vão a votos no próximo domingo.
De acordo com sondagens do INSA publicadas no jornal alemão Bild, a CDU de Merkel surge, a par do Partido Social Democrata (SPD), com 35% das intenções de voto no estado de Renância-Palatinado.
Mas a situação muda de figura nos estados de Bade-Vurtemberga e Alta Saxónia. No primeiro, tanto a AfD como o SPD contam com 12,5% das intenções de voto e no segundo o partido eurocético chega mesmo a ultrapassar em 4% as intenções de voto na SPD, com 19%.
A confirmar-se este cenário, a AfD poderá afirmar-se como segunda força política na Alta Saxónia, por exemplo, carimbando um ponto de viragem no cenário político da Alemanha.
Embora nas legislativas de 2013 tenha conquistado 4,7% dos sufrágios expressos, falhando a entrada no Bundestag, a ascensão do partido populista AfD pode representar uma séria ameaça ao governo de coligação da CDU e da SPD.
Numa outra sondagem do INSA publicada no também no jornal Bild, a AfD surge em terceiro lugar com 11,5% das intenções de voto a nível federal.
Durante a manifestação foram apreendidas pela polícia várias camisas com suásticas e bandeiras do Reich usadas na Alemanha nazi entre 1933 e 1945.
Fonte: agências de notícias
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!