Diego da Silva Santa Maria, 28 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri a uma pena de oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado, conforme decisão proferida ainda na noite de quarta-feira (16) pela tentativa de homicídio qualificado contra um jovem em 2007.
Conforme depoimentos dos réus no processo, ele fazia parte de um grupo formado por skinheads que resolveu agredir um jovem por ser um punk negro. A vítima, Fábio Andrigo Mello Fagundes, sobreviveu a golpes de canivete, socos e pontapés. Ele foi atacado por oito pessoas, incluindo um adolescente . O caso ocorreu em 2007. Apesar da condenação, Diego foi absolvido dos crimes de racismo e formação de quadrilha.
Conforme o Ministério Público, autor da acusação, Diego Santa Maria foi acusado em 2008 e teve expedida prisão preventiva em fevereiro do mesmo ano, confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2010. Mas, em 2011, foi concedida liberdade provisória ao réu.
Ele e outros integrantes do grupo White Power Sul Skin, que fazia parte de torcida do Grêmio, andava pela Avenida Borges de Medeiros, próximo ao antigo Cinema Capitólio, no Centro Histórico da capital, quando avistou a vítima, acompanhado da namorada. Conforme os depoimentos dos réus, eles resolveram agredir o jovem por se tratar de um punk negro.
Desarmado, a vítima tentou fugir, mas foi alcançada pelo grupo, que tinha oito pessoas. Ele foi agredido por chutes, socos e 14 golpes de canivete, desferidos por Diego Santa Maria, conforme denúncia. Enquanto isso, Renan do Amaral Pereira – condenado a dez anos de prisão em novembro de 2012 – e outro jovem chutaram a vítima.
O jovem foi socorrido por moradores das proximidades e levada ao hospital, onde fez uma cirurgia de emergência e ficou incapacitado para o trabalho por quatro meses. Fábio teve perfurações no baço, no pulmão e no pâncreas, além de vários traumatismos.
Nas casas dos réus foram encontrados DVDs e panfletos nazistas, artefatos para confeccionar bombas caseiras (prego, fita isolante, rojão), canivete de aço inox, um bastão de beisebol em madeira, um bastão de uso da Brigada Militar e uma soqueira de metal pontiagudo.
Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/noticia.php?id=4016527
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!