30 de Março – Anarquista espanhol e representante da guerrilha antifranquista conhecida como Maquis, mais conhecido como Quico Sabaté, participou ativamente da resistência contra o regime de Franco na região da Catalunha.
Nasceu em 30 de março de 1915, no Hospital de Lobregat, Barcelona; filho de Manel Sabaté Escoda e Madrona Llopart Batlle. Passou seus primeiros anos de vida em reformatórios de Barcelona, dos quais escapou anos depois.
Quando fez 17 anos se vinculou ao Sindicato de Ofícios Vários da Confederação Nacional do Trabalho – CNT, onde se converteu no ator principal da revolução anarcossindicalista, ainda que não tivesse muita relevância a sua pouca idade. Tempos depois fundou “Os noviços” junto com seus irmãos, que era um grupo de ação que esteve vinculado a Federação Anarquista Ibérica – FAI. Rechaçou o serviço militar obrigatório.
Na Guerra Civil Espanhola, Quico lutou na frente de Aragão, com a “Coluna dos Águias”, da FAI. Foi acusado pela morte de um comissário comunista, com quem teve um conflito, o que o fez desertar e ir para Barcelona, sob o amparo do Comitê de Defesa das Juventudes Libertárias, onde conheceu Jaume Parès, com que tempo depois realizou incursões guerrilheiras. Posteriormente foi preso pelos comunistas.
Em 1939 é libertado, sendo obrigado a trabalhar em uma fábrica de explosivos em Angulema. Aproveitou para se reunir com sua família. O prefeito de Prades colaborou com Quico, outorgando-lhe papeis legais e um crédito com o que pode trazer sua esposa e filha e se estabelecer na Franca, na localidade de Coustouges, fronteira com a Espanha. Ali pode estudar rotas clandestinas até seu país de origem.
Durante o refúgio na França, se dedicou a vários trabalhos, sem deixar de lado suas atividades antifranquistas, que consistiam na obtenção de recursos para financiar a luta contra o regime e a reorganização dos sindicados da CNT.
Depois de um tempo foi detido por posse de armas e explosivos, conseguindo fugir da detenção durante sete anos. Neste ponto, sua reputação havia aumentado de tal forma que foi chamado pelos meios de comunicação espanhóis de “Inimigo Público número um do Regime”.
Em 1959 Quico se transladou para a Espanha com vários de seus amigos para libertar um velho camarada sentenciado a trinta anos de prisão, onde conseguiu se evadir de várias patrulhas franquistas. Mesmo assim, em quatro de janeiro de 1960 foi encurralado por estas, nas montanhas de Gerona e Bañolas, onde morreram todos os seus companheiros.
Gravemente ferido, conseguiu fugir cruzando o rio Ter e chegou a Fornells da Selva, onde pegou um trem com a intenção de ir para Barcelona; sem embargo, foi descoberto pelo maquinista, que o obrigou a ir para outro trem; por desgraça, a guarda civil, alertada por outros ferroviários, já estava em seu encalço. Ferido, saltou do trem e se dirigiu até o povoado de San Celoni em busca de um médico. Ali morreu em 05 de Janeiro de 1960, após enfrentar com tiros um grupo paramilitar chamado Somatén, leal a Franco.
Depois de sua morte, é reconhecido como uma das figuras mais importantes das lutas contra o fascismo na Espanha. Em San Celoni, em cada aniversário de sua morte é homenageado. Além disso, foram realizados dois filmes baseados em sua vida, entre outros reconhecimentos.
Tradução > Liberto
Conteúdos relacionados:
agência de notícias anarquistas-ana
Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.
Guilherme de Almeida
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!