No próximo sábado, dia 16, às 9h, o CDAPH (Centro de Documentação e Apoio à História da Educação) da Universidade São Francisco (USF), vai promover mais um Colóquio (encontro) para promover a educação e o conhecimento histórico de Bragança Paulista (SP).
Nesta, que é a 14ª edição do evento, será apresentado trabalho desenvolvido por dois anos pela pesquisadora Sandra Souza, e que narra a trajetória do professor e anarcossindicalista francês Joseph Jubert que, com passagem por Bragança no início do séc. XX, pode ser considerado o primeiro anarquista que se tem dados na cidade.
Sob a proposta de pesquisar professores com histórias na cidade no início do século passado, Sandra identificou o anarcossindicalista e “percebi o silenciamento sobre sua trajetória”, ponderou.
“Trabalho em um centro de documentação, o CDAPH/USF, e nele possui um fundo do Poder Judiciário da Comarca de Bragança com aproximadamente 80 mil processos, com possibilidades para inúmeras pesquisas. O processo contra Jubert já era do conhecimento da Profª Maria de Fátima Guimarães, minha orientadora, e ia de encontro ao que procurava estudar”, disse.
“El Terrible Anarquista”, como era conhecido, chegou à Bragança por volta de 1908 devido a grande concentração de terras nas mãos de coronéis – além da mão de obra explorada.
Organizou uma Liga Operária que tinha como objetivo organizar uma escola para operários e seus filhos, o que acabou não se concretizando devido a perseguição e aos processos que veio a enfrentar durante passagem pela cidade.
Após organizar a Liga, também distribuiu boletins denunciando as precárias condições de vida dos colonos nas fazendas de café, que resultou num processo de incitação à greve e desvio de colonos nas fazendas.
Antes, em Atibaia, já havia sofrido um processo, sob artigo 399, onde foi autuado como “maiores de 21 anos”, sem trabalho fixo, classificado “como vadios e vagabundos”.
Em Bragança, Jubert exerceu o cargo de recenseador (coletava informações do Censo), no entanto, a situação de conflito o obrigou a sair da cidade, rumo a Sorocaba.
“No ano que saiu de Bragança, em 1911, identifiquei Jubert exercendo a função de professor numa Escola Moderna em Sorocaba, nos princípios de Ferrer (pedagogia racionalista). E em 1914, o identifiquei como professor em outra Escola Moderna, em Bauru”, finalizou Sandra, que apresenta este personagem, até então no escuro da história de Bragança, neste sábado, na sala 12 do prédio 04 da USF.
agência de notícias anarquistas-ana
planta com mil flores
uma é roubada –
ninguém notou…
Rosa Clement
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!