Dez presas no centro de detenção de Eliniko, em Atenas, estão em greve de fome desde 13 de abril. A greve de fome foi iniciada por 47 mulheres imigrantes. Desde o início da greve de fome, guardas prisionais, obviamente, cumprindo as ordens de seus superiores, proibiram que as mesmas saíssem ao pátio do centro de detenção.
No texto que tornou público o início da greve de fome elas disseram: “Somos as mulheres do centro de detenção de Eliniko. Escrevemos isso para vocês para que saibam como estamos cansadas e tristes. Somos 47 mulheres que começamos a greve de fome e não queremos comer, porque não sabemos o que pode nos acontecer. Algumas de nós estão aqui há um ano, outras onze meses, outras sete, seis, cinco, quatro, etc. A maioria de nós já passou muitos anos vivendo aqui, no país, e lá fora estão nos esperando os nossos empregos, nossos maridos e filhos. Portanto, rogamos por nossa liberdade. Se houver qualquer coisa que você, humano, possa fazer para nos ajudar a libertar-nos, seremos muito felizes. Obrigado“.
No sábado, 16 de abril, aconteceu uma marcha ao centro de detenção de Eliniko, em solidariedade com as prisioneiras (fotos: athens.indymedia.org/post/1558087). Na marcha participaram cerca de 300 pessoas, membros de várias coletividades e pessoas solidárias que não pertencem a nenhuma coletividade. Os manifestantes gritaram palavras de ordem, distribuíram e jogaram panfletos nas ruas dos bairros ao sul de Atenas, por onde passou a marcha. Quando a marcha chegou no lado de fora do centro de detenção, as vozes dos manifestantes se juntaram com as das prisioneiras que estavam gritando slogans por sua liberdade. Quatro das manifestantes entraram no centro de detenção e falaram com as presas lutadoras.
R. D., a imigrante que estava grávida e sangrando não foi levada a um hospital e perdeu seu filho, ainda está presa. Sanae Taleb, a imigrante que resistiu a tentativa de sua expulsão, também está presa há um ano. Vai ficar reclusa pelo menos por mais seis meses. Seu julgamento é no dia 31 de maio.
Domingo, 17 de abril, acontecerá uma assembleia para determinar a continuação das ações de solidariedade com as prisioneiras no centro de detenção de Eliniko.
O texto em castelhano:
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