A seguir, publicamos um texto do espaço auto-organizado de Patras Epi Ta Proso sobre a terceira Feira do Livro Anarquista que acontecerá em Patras de 26 a 28 de maio de 2016, assim como o programa da Feira.
O texto:
“Os livros anarquistas são armas contra o totalitarismo moderno”
A organização da Feira do Livro Anarquista em Patras era algo que vários companheiros e companheiras que participamos no espaço autogestionado “Epi Ta Proso” estivemos pensando em realizar durante muito tempo. O êxito e o balanço positivo – desde nosso ponto de vista – dos eventos do ano passado, nos conduziram a organizar a Feira do Livro Anarquista este ano pela terceira vez, com o fim de que seja consolidado como um evento de três dias, com debates, apresentações, exposições, atividades culturais…, e claro com o fim de que se divulguem os livros e as edições do movimento anarquista.
O objetivo do festival é pôr em destaque a riqueza das ideias anarquistas, antiautoritárias e libertárias, a difusão das propostas anarquistas na sociedade e em particular entre os jovens da cidade, em uma época em que prevalece a propaganda estatal contra os que resistem de uma maneira auto-organizada e desde baixo, enquanto que o racismo, o canibalismo social e a fascistização parecem ser as únicas alternativas de uma sociedade em crise.
Ao mesmo tempo, em um período em que no seio dos movimentos de resistência está se formando condições de depreciação da deliberação e aprofundamento políticas, cremos que a promoção da cultura da auto-educação, da exploração política e teórica, da conservação da memória social e de classe contra a cultura do anarquismo-lifestyle e a transformação da política em um espetáculo cruel, constituem uns momentos particularmente importantes na direção da reorganização geral do movimento radical e revolucionário.
Este ano na Feira que durará três dias vão se celebrar apresentações de livros, debates, eventos, apresentações teatrais e projeções, no marco de muitíssimas temáticas. Todos os dias haverá uma exposição de fotos e de cartazes políticos sobre vários momentos do movimento anarquista na cidade de Patras.
Estamos criando um espaço liberado do Estado e do mercado, um lugar de reunião, debate e crítica, onde qualquer preço sirva ao apoio econômico dos vários projetos que compõem a Feira. As atividades culturais estão integradas no marco da reapropriação do espaço público e de sua conversão em um lugar de reunião, resistência e criação.
Na quinta e na sexta-feira a Feira começará às 18h e no sábado às 12h com uma exposição de livros sobre o movimento anarquista, de cartazes políticos, de fotografias, com música distro auto-organizada e com material impresso sobre o movimento anarquista/antiautoritário.
Agradecemos a todos os que responderam positivamente a nosso chamado para a celebração de dita Feira: Projetos editoriais, grupos culturais, espaços autogestionados e coletividades políticas.
O programa da Feira:
Quinta-feira, 26 de maio
18h: O calendário de um operário da Renault 1956-1958. Apresentação edições Kinúmeni Topi (Lugares em Movimento).
19h30: Anarquismo e antropologia. Apresentação pelas edições Sofita.
21h30: Encenação teatral: “Mama Toni”, de Dario Fo e Franka Rame. Apresentação pelo grupo Pira(g)ma.
Sexta-feira, 27 de maio
18h30: Apresentação do livro “Meu irmão Stelios” e debate sobre a reaparição dos anarquistas no território do Estado grego durante a ditadura militar-fascista até os primeiros anos da “transição” tardia.
20h30: Evento-debate: “O militarismo grego na época do Syriza”. Introdução pelo grupo Batalhão Descalço.
22h: Projeção do documentário “Ecos do desgarro” (80 minutos) do coletivo cinematográfico libertário Câmara Negra.
No segundo dia da Feira acontecerá uma informação-apresentação sobre a 10ª Feira Balcânica do Livro Anarquista, que será realizada em Ioánnina de 23 a 25 de junho.
Sábado, 28 de maio
18h: O passo aberto à liberação social. Uma contribuição à teoria política do anarquismo social. Apresentação pelas edições Nautilos.
20h: “Resíduos sociais”: A história da cena punk em Atenas, 1979-2015. Apresentação pelas edições Apróvleptes (Imprevisíveis).
22h: Encenação teatral: “A apologia de Re Alexis” (Re Alexis era um revolucionário chipriota da Europa medieval).
No terceiro dia em razão da apresentação do livro “Resíduos sociais” acontecerá uma exposição de cartazes sobre os momentos históricos da cena musical underground e DIY.
Na quinta-feira e na sexta-feira desde às 18h e no sábado desde às 12h acontecerá uma exposição de livros sobre o movimento anarquista, de cartazes políticos, de fotografias, da música distro auto-organizada e de material impresso sobre o movimento anarquista/antiautoritário.
Espaço auto-organizado Epi Ta Proso (c. Patreos, 87, nas escadas)
O texto em grego:
https://anarchistbookfairpatras.wordpress.com/about/
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/patras-26-28-de-mayo-de-2016-tercera-feria-del-libro-anarquista/
Tradução > Sol de Abril
Conteúdo relacionado:
agência de notícias anarquistas-ana
No solar ruído
há ainda verdes cortinas
e um senhor, o sapo.
Alexei Bueno
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!