Que bom que os encontramos!!!
A casa abandonada a vários anos na rua Akadimias ganhou vida. Por anos definhava vazia, com o reboco caindo e a cor desbotando. Agora, contudo, com os novos ocupantes, a casa se renova. Por muito tempo ficou desabitada. Casas são para que pessoas morem, e não para o abandono ou exploração econômica. A necessidade das pessoas por teto, aliás, não deveria se constituir como mercadoria.
Não nos escondamos. A casa foi ocupada por anarquistas. Eles não cooperam com o Estado e com partidos. Não tem líderes e não se dão bem com nenhum tipo de poder. Consideram que nada pertence a ninguém e que tudo pertence a todos. Não se preocupem, não irão tomar suas propriedades ou as casas onde vocês moram. Sua intenção não é tomar a propriedade da casa, mas a utilizar para suas necessidades. Uma construção que permanece vazia e inútil, com o método da ocupação, é aberta e retorna à vizinhança. Pois quando as pessoas voltam a uma casa que até pouco tempo apodrecia sozinha e vazia, a reformam e melhoram sozinhos, pois como é sabido, os anarquistas fazem tudo sozinhos, por si mesmos. Assim, seus vizinhos só poderiam estar agradecidos.
A própria vizinhança não deveria ser simplesmente uma bateria de prédios, nos quais moram pessoas que não se conhecem. A vizinhança são as próprias pessoas, que com alegrias e tristezas desenvolvem relações entre si, criando uma comunidade de indivíduos que festejam, se alegram, se entristecem, lutam e ajudam um ao outro. Contrariamente à lógica que quer que cada um olhe apenas o seu lado e não se importe com o seu vizinho, entramos na casa vazia e a enchemos de novo de vida, esperando que em algum momento entraremos em uma comunidade e encheremos nossas próprias vidas.
ENTREMOS EM CASAS VAZIAS!
ENTREMOS EM VIDAS VAZIAS!
Ocupação Brooklyn
Fonte, mais fotos: https://athens.indymedia.org/post/1559309/
Tradução > Miguel Sulis
agência de notícias anarquistas-ana
Por toda a manhã
O bando de andorinhas
Vão e vêm no céu
Wagner Henrique Correia, 9 anos
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!