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[Itália] Um 2 de junho de luta contra o exército e as fronteiras

By A.N.A. on 5 de Junho de 2016

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A chuva insistente não parou os antimilitaristas de Turim, que realizaram uma manifestação que percorreu as ruas do centro da cidade, indo da Piazza XVIII Dezembro até a Via Garibaldi.

A faixa “Contra todos os exércitos por um mundo sem fronteiras” abriu a marcha, que também teve a participação de vários membros da comunidade curda de Turim, que apoia as experiências de autogoverno no Curdistão sírio e em Bakur.

Na Via Cernaia, o monumento equestre para Lamarmora foi coberto com um pano. As ruas, praças e jardins da cidade de Turim não ficam muito atrás, elas são marcadas por estátuas e monumentos dedicados aos assassinos de uniforme, os homens que se destacaram em assassinato, estupro, tortura em nome do Estado.

Esconder a vergonha do militarismo é uma forma de mostrar, escondendo-os da vista, os eventos da pornografia guerra e violência legalizada dos exércitos.

O desfile foi em torno da Piazza Solferino, com vista para a Via Bertolotti, onde se estabeleceu o primeiro círculo eleitoral, que em 25 abril foi dedicado aos dois assassinos marines no dia em que se lembra do levante em Turim contra o fascismo.

Mais além, protegido por um cordão policial, o monumento aos atiradores e à escola de aplicações militares, que naquela noite de 31 de maio foram decorados com o slogan – assassinos – em tinta vermelha e óleo queimado.

Na noite seguinte, as palavras “não há paz para aqueles que fazem a guerra” apareceram no monumento para a “paz” em Corso Regina Margherita. Nesse monumento a “paz” é representada por um avião militar italiano estilizado.

Também sobre as paredes da principal fábrica de armas de Turim, Alenia, apareciam as palavras “fechar as fábricas da morte”.

A marcha, enquanto a chuva engrossou, ganhou a esquina da Via San Francesco, onde havia, à esquerda do cruzamento, um barco com dois manequins ensanguentados, uma rede e uma placa com a inscrição “em memória de Valentine e Ajesh Jelestine Binky, mortos pela barbárie dos fuzileiros navais”.

Simultaneamente, um fio de aço fechou a interseção da Corso Vittorio e Corso Bolzano, em solidariedade aos imigrantes deportados e aos ativistas de Ventimiglia.

Ocorreram numerosas intervenções sobre gastos de guerra, fábricas de armas, e a interação entre a guerra interna e externa.

O dia antiguerra continuou até o parque Michelotti, onde se realizou uma assembleia, em que se prestaram testemunhos de lutas, com a análise das estratégias de guerra, controle social e experimentação disciplinar dos últimos anos.

Fonte, mais fotos: https://anarresinfo.noblogs.org/2016/06/03/torino-un-2-giugno-di-lotta-agli-eserciti-e-alle-frontiere/

Tradução > Liberto

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2016/06/01/italia-turim-por-um-2-de-junho-de-luta-contra-o-exercito-e-as-fronteiras/

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Ricardo Portugal

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