Difundimos a programação desse evento organizado no CSOA Escárnio e Maldizer para os dias 10, 11 e 12 de junho. Mais informações em seu site: csoaescarnioemaldizer.wordpress.com
Tatuagens pela liberdade
Encarcerar uma pessoa em poucos metros quadrados durante meses e anos. Controlá-lo, espiá-lo e privá-lo de seus sentimentos. Sem dúvida o cárcere é uma forma de tortura. É por isso que demonstramos nosso apoio às pessoas que sofrem e lutam contra essa realidade. Entre os dias 10 e 12 de junho ocorrerá um evento de “Tatuagens pela liberdade”. Pretendemos que seja uma ferramenta de autogestão, onde por meio de palestras, exposições, tatuagens, espetáculos, concertos, etc., daremos a conhecer diferentes realidades onde a autoridade se impõe, e também possíveis resistências.
Falaremos sobre os cárceres galegos, sobre a militarização das fronteiras e territórios, sobre o caso dxs 43 estudantes desaparecidxs no México, sobre a mulher e prisão, se apresentarão publicações de informação crítica, assim como livros que tenham a ver com o tema prisão. Haverá espetáculos e concertos e também tatuagens em apoio às presas em luta.
Até derrubar os muros das prisões e do mundo que as necessita!
P r o g r a m a ç ã o
• 10 de Junho, sexta-feira
15:00 – Abertura das portas para tatuagens
17:00 – Palestra: Cárcere e Tatuagem. Etnoarqueologia, intrahistória e semiótica da tattoo e modificação corporal.
Como expressão cultural que ultrapassa os limites corporais e do entorno, a tatuagem constituiu um tradicional símbolo de marginalidade e exclusão ao longo da história. Apesar de ser, paradoxalmente, um aspeto integrador em sociedades pré e protohistóricas, já desde a antiguidade romana ou até mesmo antes se marca e estigmatiza aos réus e escravos.
Palestra a cargo da revista Contrahistoria.
19:30 – Atualidade da repressão nos cárceres
20:00 – Teatro: Tortura branca a cargo dos lumpens organizadxs
20:30 – Atualização do caso da morte de Diego Viña a cargo das mães contra a impunidade
21:15 – Apresentação do documentário Anti-mulheres. Existir mal. A cargo da sua diretora Bea Saiáns
Um documentário em que várias mulheres falam, desde distintas situações, sobre uma mesma realidade: como afeta o cárcere a uma presa, a sua mãe ou o seu futuro.
22:00 – Jantar
22:45 – Espetáculo Coração repressivo a cargo de As três nebrosas
23:30 – Grande Foliada
00:45 – Reunião a cargo de La sinsereza
• 11 de Junho, sábado
12:00 – Abertura das portas para tatuagens
14:30 – Jantar e sessão “vermu” amenizada por dj palmer
17:00 – Palestra: Ayotzinapa, crime de Estado
Apresentação do caso dxs 43 estudantes desaparecidxs de Ayotzinapa (México) de acordo com as informações do grupo de experts independentes da Comissão Internacional de Direitos Humanos
A cargo de Víctor Jáquez
19:00 – Palestra: Militarização do território, militarização das fronteiras: Análise, experiências, propostas de lutas e resistências antimilitaristas
Há cada vez mais militares patrulhando as ruas das cidades do Ocidente, graças também a “catástrofes” ou através de estados de emergência e a raiz de supostas ameaças terroristas. Enquanto os agentes de polícia parecem-se cada vez mais aos membros das unidades especiais das forças armadas, tanto pelas suas armas como pelo adestramento e as suas táticas. O Poder prepara-se constantemente para os novos cenários da guerra interna, é dizer, a guerra de classes, e os seus esforços nesta direção estão se notando paralelamente em distintos países. Sem embargo, também estão surgindo experiências de resistência a esta militarização das nossas vidas.
22:00 – Jantar
23:00 – Concertos: De lombaos, Menina arroutada, Grupo sorpresa e raggajungle a cargo do Sr Moure aka Dj Webo
• 12 de Junho, domingo
12:00 – Abertura da portas para tatuagens e piercings
14:00 – Jantar e sessão vermute amenizada por Porcas bravas e Airinhos de estrume
17:00 – Roda de apresentações de publicações:
• Diários de Carlos Calvo Varela: Os textos que nos entrega neste livro são como estouros, como a vaca-loura diante da escavadora, como um quero-te na ponta da língua, como pegadas de urso no bosque. São palavras criadoras. Em 2012 foi detido, acusado de “terrorismo” e desde então está preso, tendo passado por sete cárceres diferentes, todos situados fora da Galícia. Em todos eles nunca deixou de enviar cartas cheias de vida, cores e letras.
• O teto é de pedra editado por Ceivar. Baseado nas experiências pessoais dos ativistas encarcerados nos últimos anos, o livro descreve as condições de vida às que se enfrentam os independentistas nas prisões espanholas.
• Abordaxe!. Projeto anarquista galego de comunicação e informação crítica dedicada à difusão das ideias e práticas libertárias.
• Revista Contrahistoria nº9. Uma revista que resgata episódios históricos desde uma perspectiva crítica e anticapitalista. No seu novo número, entre outros conteúdos: “Arde Barcelona. A Semana Trágica e o prelúdio da revolução”. “Vermelho sangue na União Jack. Balas britânicas sobre o Derry Livre”.
• Intransferências de Hadriam Mosquera “Senlheiro”.
• Distribuidora anarquista Polaris. Um projeto de distribuição anticomercial de fanzines, panfletos e outros materiais que são afins ou transversais à luta antiautoritária
20:30 – Concertos: Folkolicos e Pan de capazo
Fonte: https://abordaxe.wordpress.com/2016/06/04/compostela-tatuagens-pola-liberdade/
agência de notícias anarquistas-ana
vento de outono
a silenciosa colina
muda me responde
Matsuo Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!