Dos milhões de mortos que deixaram os regimes fascistas em guerras, execuções, experiências e torturas aos socialmente mais débeis e a seus inimigos, até os métodos de imposição e a proibição pelo pau de que o fascismo se utiliza para se expressar, da forma suave até a mais dura que encontramos, o único estímulo para lidar com ele é hostil. E enquanto emergem novos partidos fascistas, núcleos, grupos, nossa obrigação é desbaratá-los.
Estamos no ano de 2016 e o fascismo não eclipsou. Na Grécia as diferentes formas que surgem de tempos em tempos parecem não constituir uma ameaça especial por enquanto. Contudo no mesmo momento em que a Aurora Dourada (tendo guinado à democracia parlamentar) procura reunir seus pedaços após a trombada no muro antifascista a cada tentativa sua de sair às ruas, e após os processos penais em segundo grau, vemos surgirem outras formas e grupos como os C18, os AME, os AETH, os IXOR, cuja ação almeja principalmente locais de encontro e ocupações do espaço a/a [anarquista/antifascista]. Com ataques incendiários, roubos de faixas, pintura de bordões e ataques a minorias, enquanto ao mesmo tempo a apresentação pública dos fascistas foi assumida pela LEPEN e pelo Batalhão Sagrado, como legítimos descendentes do “movimento” Aurora Dourada.
Por outro lado, a luta antifascista, como parte do amplo espectro anárquico, encontra-se em vigília constante. Não com o objetivo de sua autoanálise em uma estéril justaposição ideológica com a extrema-direita e o nacionalismo, mas com alvo exclusivo no desbaratamento da escumalha fascista e de todos os obstáculos na luta pela liberdade. Na cidade de Tessalônica, aliás, não restou nem um milésimo desse lixo. Os encontros antifascistas dinâmicos, as ocupações de espaços que estão nos planos dos encontros fascistas, as emboscadas noturnas e os espancamentos que neutralizam qualquer neonazi que ouse fantasiar em empreender ações desde seu lado, tudo se constitui em seu pior pesadelo.
Na madrugada de sexta-feira (24/06), colocamos um mecanismo incendiário na casa de Theófilos Karapouloutidis., na rua Mauromihali 34, em Euosmos, Tessalônica.
O fascistão em questão começou sua “carreira” com participação na Aurora Dourada da cidade, logo, contudo, seguiu para a autonomia, fazendo parte do quadro dos Nacionalistas Autônomos de Tessalônica. Embora a ação do grupo em questão tenha chegado rapidamente ao fim, por causa dos reflexos antifascistas, o próprio permanece um fascista ativo, participando em encontros públicos, como os do Batalhão Sagrado. Além disso, há um mês, o lixo em questão participou da “marcha da memória” dos pônticos no centro da cidade, onde juntamente com seus “companheiros” amedrontados, tentou atacar (sem sucesso) a ocupação 111. Pouco depois, enfrentaram as consequências de sua escolha em aparecer no centro da cidade de tal maneira. O próprio terminou no hospital, enquanto os demais acabaram em uma corrida ininterrupta de um a outro canto da cidade.
Que entenda então tanto o Karapouloutidis quanto qualquer espécie de fascista.
Nenhum movimento hostil frente ao espaço a/a ficará sem resposta. Nenhuma presença de fascistas será tolerada nessa cidade e nenhures. Vão levar pau de toda forma, da rua até suas casas.
Solidariedade aos companheiros que são perseguidos por sua ação antifascista.
Grupo Antifascista de Incursão e Ataque
Ps.: É hora de cada grupo social no seio do qual se reúnem fascistas tomar posição. Quem acoberta tais tipos de lógicas e tais tipos de escolhas, para nós, faz igualmente escolhas hostis.
Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1560590/
Tradução > Miguel Sulis
agência de notícias anarquistas-ana
Nuvens,
sem raízes
até que chova.
Werner Lambersy
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!