Aconteceu em Atenas, no sábado 2 de julho de 2016, em frente da embaixada do México, uma concentração-intervenção solidária com os professores grevistas da Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), com os estudantes ativistas, com as populações indígenas e com todos os que se opõem a barbárie estatal e capitalista.
Na concentração convocada pela Coordenação Regional da Organização Política Anarquista – Federação de Coletividades, participaram quase 40 companheiros e companheiras, e uma faixa foi erguida, com os dizeres em grego e em espanhol: O ESTADO MEXICANO ESTÁ ASSASSINANDO – SOLIDARIEDADE COM OS INSURRETOS DE OAXACA. Por quase duas horas foram lidos por um sistema de som, e depois distribuídos, textos que denunciavam o México: Estado assassino, e a repressão bárbara desencadeada por ele contra os oponentes da reforma educativa. O auge da repressão ocorreu com o massacre de 19 de junho nas barricadas da comunidade Nochixtlán de Oaxaca, e com o assassinato do anarquista Salvador Olmo García, habitante da comunidade Huajuapan de León, na colônia de Las Huertas, no dia 26 de junho.
“Como anarquistas estamos solidários com os professores e estudantes ativistas, com as comunidades indígenas, com todos os que lutam contra a reforma da educação e contra a repressão estatal. Saudamos os milhares de insurretos de Oaxaca com vigor, resolução e perseverança que estão batendo de frente contra a repressão assassina do Estado, montando barricadas de resistência contra o avanço do totalitarismo moderno. Do México até a Turquia, e desde a Grécia até os bairros pobres da França, gritamos para nossos irmãos de classe, que nada terminou e que nenhum oprimido está sozinho enquanto houver resistência e luta. Para tomar a vida em nossas mãos e assumir a responsabilidade de definir o presente e o futuro, construindo uma nova sociedade emancipada baseada na dignidade, na justiça, na liberdade e na solidariedade sobre as ruínas do mundo da autoridade, do Estado e do capital (fragmento do texto distribuído na concentração).”
Não esquecemos aos assassinados e desaparecidos ativistas da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, no estado de Guerrero, que foram atacados pela polícia federal e as gangues paramilitares em setembro de 2014. Não esquecemos o companheiro zapatista Galeano, professor da escolinha zapatista, que foi assassinado por paramilitares em maio de 2014 na comunidade de La Realidade, em Chiapas. Não esquecemos todos aqueles que deram suas vidas na luta contra a tirania do Estado e do capital.
Desde Atenas, levantamos o punho rebelde enviando-lhes um sinal de solidariedade aos insurretos do México. Quando golpeiam um de todos aqueles que lutam com dignidade e desde baixo, irão nos encontrar unidos com eles.
Atenas, 8 de julho de 2016
Coordenação Regional de Atenas da APO – Federação de Coletividades
Fonte: http://apo.squathost.com/informe-sobre-la-concentracion-ante-la-embajada-de-mexico/
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!