Comunicado do Encontro Luta Anarquista sobre o término dos 10 dias de mobilizações de solidariedade a refugiados e imigrantes e da ocupação da faculdade de filosofia da APT [Universidade Aristotélica de Tessalônica].
Como dissemos na convocatória política como Organização Política Anarquista: “No âmbito desse nosso direcionamento, nos dias de realização do No Border Camp em Tessalônica (15-24 de julho de 2016), convocamos a mobilizações e teremos a responsabilidade política pelo funcionamento de um espaço na faculdade da APT, um espaço de fermentações, discussões e manifestações, de participação e criação de ações”.
Hoje 24 de julho fechou o ciclo de discussões, manifestações e mobilizações que convocamos no âmbito do Encontro Luta Anarquista. No prédio ocupado da faculdade de Filosofia nos encontramos com companheiros da Grécia e da Europa, criou-se um encontro Balcânico (com participação de companheiros e companheiras da Romênia, Hungria, Croácia, Eslovênia, Bulgária, Grécia) no âmbito da qual foram trocadas experiências e identificados pontos comuns em nossas lutas contra o regime de exploração e submissão, contra o fascismo e o racismo.
No âmbito do ASA [encontro luta anarquista] acompanhamos com grande interesse a manifestação-apresentação da Federação Anarquista da Eslovênia (FAO), organizamos evento-discussão com o tema “O mundo do Estado e dos patrões em total falência. A luta contra a Europa-Fortaleza, a guerra e o totalitarismo contemporâneo”, participamos nas mobilizações nos campos de concentração ao redor de Tessalônica, nas intervenções nos campos de concentração em Paranesti, Drama e em Xanti, na manifestação massiva de Tessalônica e na manifestação contra o Muro no rio Evros.
No âmbito dessas mobilizações mais amplas de solidariedade a refugiados e imigrantes provou-se a importância da discreta presença política e ação anarquista, tiramos conclusões úteis sobre o caráter de mobilizações internacionais e nos encontramos com refugiados e imigrantes em nossa luta conjunta contra as Fronteiras, a Guerra, e a Europa-Fortaleza.
A presença dos lutadores e lutadoras nas ruas, as manifestações e o caráter do espaço ocupado da faculdade de Filosofia deram resposta real à constante pressão do regime que, através da propaganda que a mídia transmitiu diariamente, tentou alvejar a luta de solidariedade a refugiados e imigrantes, tentou isolar e caluniar a luta contra a ditadura do Estado e do capital, nesse totalitarismo contemporâneo.
Nos retiramos do prédio da faculdade de filosofia tendo a nossa frente caminhos abertos para a continuação de nossa tentativa de aguçamento das resistências sociais e de classe. Tendo como base a convicção inabalada de que frente à barbaridade estatal e capitalista a única solução é a organização da luta e a Revolução Social, a Anarquia e o Comunismo Libertário.
Encontro Luta Anarquista, 24 de julho de 2016
Tradução > Miguel Sulis
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