Acredita-se que os irmãos Lapeña foram os fundadores da CNT em sua cidade natal, Villarroya de la Sierra. Algo que nunca se chegou a provar. O que sabemos é que ambos militavam no sindicato [anarcossindicalista], motivo pelo qual foram fuzilados. Manuel Lapeña (na foto acima, à esquerda), era técnico veterinário em Villarroya de la Sierra. Sua morte foi registrada em 14 de agosto de 1936, quase um mês após o seu desaparecimento. Seu corpo foi encontrado no Barranco de La Bartolina (Calatayud) e foi enterrado em uma vala comum para, em 1959, ser transferido para o Vale de los Caídos, por ordem do Ministério de Gobernación. Seu irmão Antonio Ramiro (à direita) era ferreiro. Fugiu em outubro de 1936, para depois entregar-se e ser fuzilado; também os seus restos mortais acabaram no Vale de los Caídos. Em ambos os casos, não há registro de um julgamento cuja sentença foi a pena de morte.
Depois de anos no tribunal, sua neta e sobrinha-neta obteve ontem a permissão para colocar em prática a primeira exumação no Vale de los Caídos.
O juiz determinou que seus corpos têm uma “alta probabilidade” de estar no columbário compreendido entre 2061 e 2069 da principal cripta do Vale de los Caídos, e que a única maneira de provar isso é através de testes de DNA. Esta decisão põe fim às demandas de María Purificación Lapeña, neta e sobrinha-neta dos desaparecidos, que reclamavam uma amostra genética que lhe permitisse enterrar os restos mortais de seus familiares.
Lapeña foi à justiça pela primeira vez em 2012, e em 2014 recorreu ao Tribunal de Estrasburgo para processar a Espanha ao considerar que não cumpria a Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Seu objetivo era de que a Audiência Nacional recolhesse uma amostra do perfil genético que permitisse cruzar seu DNA com o de seu avô e tio-avô. Agora, o Patrimônio Nacional inicia os trâmites para encontrar o melhor método para começar os trabalhos no complexo, que ainda não têm data prevista.
Tradução > Kysy Fischer
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!