As raízes que quebram o concreto de um bairro no meio de uma civilização. Resistente, sensível. Uma árvore que vive há 150 anos observando os cursos de vidas que passaram por ela, cada mudança da sociedade em que vive. A figueira agora, habita um espaço que, sem pedir alguma autorização, abre caminhos para o surgimento de uma vida que respeita a inquietaç&atild e;o de nossos corpos e mentes, que fomenta ideias e que resiste em meio a uma cidade hostil e fria que é Porto Alegre, em um país hostil e frio que denominaram Brasil.
Nós escolhemos não esperar mais para colocar em prática ideias que nos atormentavam enquanto sobrevivíamos isolades na vida cotidiana. Sabemos que resistir à uma sociedade machista, patriarcal, hetero-normativa, racista e classista é viver em guerra. Viver em guerra em um mundo dominado por homens, que tentam sufocar e silenciar todos os dias nossas vivências. Optamos por não sermos subjugades. Não sermos submisses. Nem ao estado, nem aos homens, nem ao capitalismo.
Construímos então, uma barricada. Um refúgio em meio ao concreto cinza. Um lugar de experiências e processos, vivenciando a anarkia e a auto-gestão, mobilizando possibilidades de alternativas à normatividade. Resistimos.
Essa carta é dirigida à todas as mulheres, cis e trans, homens trans, bixa, monstra, sapatão, que queiram se juntar ao espaço e construi-lo com o que puderem, seja uma troka de ideia, uma oficina, uma atividade, ou até mesmo uma visita.
A figueira é um espaço exclusivo, no qual não entram homens cis.
agência de notícias anarquistas-ana
Suave impressão de asas
abrindo em tempo-semente
e pausa suspiro
Nazareth Bizutti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!