• O sindicato reivindica um caso de despedida por violação dos direitos fundamentais de uma contratada da Navantia.
• Para a CNT o novo convênio estatal do metal, que ratifica a reforma trabalhista de 2012, abre um novo cenário em que é necessário recuperar o sindicalismo combativo.
O Sindicato da CNT de Puerto de Santa María quer manifestar publicamente sua solidariedade com o ativista da Coordenação de Profissionais do Metal da província de Cadiz que foi recentemente demitido de uma subsidiária da Navantia. O trabalhador havia se destacado em mobilizações e nos meios de comunicações por denúncias do não cumprimento do Convênio Provincial do Metal e Defesa do Emprego na Baia.
A CNT ofereceu seus serviços jurídicos a este trabalhador com o objeto de obter judicialmente a nulidade da demissão. Ademais, apoiará todas as mobilizações que se convoquem com o objeto de readmitir o afetado.
Ainda que seja difícil de demonstrar, os trabalhadores sabem que a direção da Navantia elaborou uma lista negra de ativistas e está pressionando suas empresas subsidiárias para que sejam ou demitidos ou não sejam contratados. Essa situação é muito perigosa e confirma que a democracia segue permanecendo na porta das empresas, inclusive as públicas.
A recente notícia da assinatura do Convênio Estatal do Metal cria uma situação ainda mais perigosa para os trabalhadores siderumetalúrgicos, pois o governo impôs às partes a inclusão de determinados aspectos da Reforma Trabalhista de 2012 que podem fazer valer acordos da empresa em detrimento dos acordos regionais. Assim, se não existirem estruturas sindicais sólidas nas pequenas e médias empresas do setor, não ocorre apenas a hipótese de que não cumpram determinados pontos do convênio, mas que o convertam em papel sem importância.
A postura da patronal e do governo (compartilhada por alguns “sindicalistas”) é que dado os elevados salários não podemos competir no mercado global. Sem embargo, reduzir nossa competitividade na escravidão salarial é um mecanismo que nunca funcionou (sempre haverão países mais baratos). Uma das chaves da competitividade é a qualidade de trabalho e isso só se consegue retendo o talento dos profissionais de Cádiz, e promovendo o respeito aos direitos trabalhistas.
Ante este cenário, a única opção para os trabalhadores metalúrgicos de Cádiz é a luta, a unidade e a auto-organização: fortalecendo a Coordenadoria e implantando seções sindicais que lutem dentro dessas empresas. O setor do metal da província está historicamente na primeira linha de luta pelos direitos sociais. Estamos convencidos de que no atual contexto de austeridade, recortes e escravidão voltarão a ser ponta de lança da mobilização social.
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Livre gavião
Voa solitário
Na imensidão
Cátia Paiva
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!