Nosso companheiro Peke, membro do COLAPSO (Coletivo Anarquista de Presxs Sociais) e que também se há somado à proposta de luta ativa dentro das prisões, voltou a ser discriminado de novo pelo maldito subdiretor de segurança de Topas e seus sequazes carcereiros.
A cada ano é submetido a uma dispersão sistemática. Além do mais, estando classificado como FIES 3 [regime de confinamento] foi transferido a um módulo onde tem apenas pessoas que saem com permissão e terceiros graus, com a consequente incapacidade de poder relacionar-se com companheiros afins contra a injustiça e os abusos, já que nestes módulos – em geral – as pessoas presas não mostram nenhuma oposição a tudo aquilo que denunciam diariamente os compas em luta.
Apesar de terem autorizado um cara a cara com sua companheira, sábado pela manhã, 17 de setembro, lhe foi negado o direito de ser visitado, tal como estabelece a LOGP e o RP. Nesta ocasião, o ardil carcereiro fez o seguinte:
Como sua companheira está estudando, teve que mudar a data do cara a cara que, a princípio havia sido assinada, já que, ao ser um dia da semana, lhe era impossível visitar a seu companheiro sem interferir em seu programa de estudos. Dirigiu-se a sua professora para que fizesse um informe, enumerando os motivos da mudança da data. Este informe foi enviado na semana passada por carta MUITO URGENTE, gastando quase 20 euros [cerca de 80 reais] para assegurar a chegada da dita carta. Peke, pôde comprovar que as cartas, SIM, foram recebidas de ou tros compas, são de data posterior com a constância de que o centro de extermínio recebeu a carta com o informe de sua companheira. Por isso decidiu denunciar no Juizado, no de Vigilância Penitenciária e na Audiência Provincial este abuso de autoridade. Além do mais, também retiveram o dinheiro que sua companheira lhe enviou. A resposta que recebeu dos carcereiros foi: “…como nunca mandou dinheiro antes…” como se um carcereiro tivesse a faculdade de desautorizar pessoalmente algo que pela lei, que eles mesmos escrevem, lhe pertence por direito. Ademais, outra grande mentira carcereira pois sua companheira lhe enviou dinheiro outras vezes.
Lembramos que Peke está fazendo jejuns nos dias 1, 2 e 3 de cada mês, seguindo o calendário de luta que propuseram uns companheiros desde as prisões madrilenhas no ano passado. A lista reivindicativa de seu último jejum, a princípios deste mês, era a seguinte:
1ª) Fim do regime FIES e das mudanças contínuas de cela e de módulo.
2ª) Fim do Regime Especial, pela deterioração que sofrem os compas nele.
3ª) Fim da dispersão; em meu caso, cada ano em uma comunidade autônoma diferente.
4ª) Fim dos maus tratos tanto físicos como psicológicos.
5ª) Fim das revistas integrais a familiares e do uso de raios X com presos.
6ª) Liberdade imediata, aplicação do artigo 104.4 a todas as pessoas doentes terminais ou não. Quem entra na prisão sã sai dela doente e quem entra doente sai morta.
7ª) Limite máximo de cumprimento em 20 anos; mais do que isso é uma pena de morte.
CONTRA A IMPUNIDADE DOS CARCEREIROS DE TOPAS! PELOS DIREITOS DAS PESSOAS PRESSAS!! ABAIXO SO MUROS DAS PRISÕES!!!
Tradução > KaliMar
agência de notícias anarquistas-ana
Na noite em silêncio
o relógio presente
marca o passado
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!