Gravelle, Zisly e os anarquistas naturistas contra a civilização industrial. Por François Jarrige e Gravelle, Zisly e os anarquistas naturistas
Quem ainda se lembra do movimento dos anarquistas naturistas fundado em 1894? Críticos do gigantismo industrial e da técnica, pioneiros esquecidos da ecologia política, os naturistas nos legaram uma reflexão de uma atualidade perturbadora, questionando ao mesmo tempo a violência exercida e a aversão suscitada desde o início do século XX pelo crescimento urbano e industrial.
Críticos das devastações da industrialização, do mito do progresso e da expansão imperialista, eles militaram, até a experimentação concreta, por uma vida simples e frugal, baseada na recusa das mercadorias desnaturadas. Denunciaram vários desafios que, do desflorestamento ao esgotamento dos recursos, passando pela poluição e a fabricação de alimentos artificiais, preocupam agora ao conjunto do planeta… Eles se recusam a se restringir à falsa alternativa do retorno às cavernas ou da busca inelutável do desenvolvimento industrial e mecânico. Eles tentaram desenhar outra via mais simples, fundada na promoção da autonomia, no apoio mútuo, na simplicidade voluntária contra a exacerbação das falsas necessidades. A crítica da modernidade industrial revelada em seus textos conserva toda pertinência, enquanto que as mudanças climáticas e o colapso ecológico se tornam cada dia mais patentes. Diante do fortalecimento das desigualdades, da exploração da natureza e do ser humano em um mundo subjugado pela mercadoria, as propostas dos naturistas, inaudível à sua época, ressoam hoje como verdadeiras profecias. O decrescimento e os naturistas nasceram de uma revolta contra seu tempo, ambos em busca de uma nova harmonia com o mundo. Como eles, há mais de um século, o decrescimento tenta hoje se opor às ideologias da modernização desenfreada.
Em uma apaixonante introdução e uma seleção de textos particularmente esclarecedora, François Jarrige convida à redescoberta desse movimento portador de ideais e de temores que permanecem mais do que nunca sendo os nossos.
Os autores reunidos nessa coleção dirigida por Serge Latouche constituem as raízes do pensamento político do decrescimento. O aporte dos anarquistas naturistas a esse pensamento é apresentado por François Jarrige, enquanto a segunda parte da publicação é composta de passagens que oferecem um acesso direto à sua obra.
Preço: 8 euros
Formato: 110x170mm
Páginas: 108 páginas
ISBN: 978-2-36935-058-3
Tradução > Ana Rosa Rosa
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!