Nós o povo temos o poder
Os resultados da eleição de 2015 são muito claros, os 53% de abstenções mais quase 5% de votos nulos (58% no total) não queremos este sistema criminoso. O povo do México dizemos, já basta! somos os verdadeiros ganhadores destas eleições, porque elegemos NÃO legitimar este sistema não votando ou anulando.
Artigo 39. A soberania nacional reside essencial e originariamente no povo. Todo poder público emana do povo e se institui para benefício deste. O povo tem a todo tempo o inalienável direito de alterar ou modificar a forma de seu governo.
Façamos efetivo o artigo 39 constitucional. Para isso NÃO necessitamos partidos políticos nem candidatos “independentes”, tampouco necessitamos as armas. Não as necessitamos porque tomar o poder para mudar a quem mande NÃO é NEM será a solução.
A mudança está em teu interior, atua com consciência, deixemos de crer na autoridade e comecemos a crer uns nos outros. Não existem receitas para mudar países, mas o sentido comum nos indicará como e por onde começar. E as lutas contemporâneas como Cherán e as comunidades autônomas zapatistas nos demonstram que a mudança SIM é possível.
Como começar?
A resistência está por toda parte! Por todo México existem movimentos, coletivos, comunidades autônomas e/ou em resistência, espaços alternativos ou simplesmente indivíduos ou pessoas como você que a sua maneira buscam criar outro mundo possível.
Movimentos: Geralmente surgem de acontecimentos político-sociais transcendentes. Por ex. O Movimento de Pais dos 43 normalistas desaparecidos; O Movimento pela Paz com Justiça e Dignidade, O Congresso Nacional Cidadão, etc.
Coletivos: São pessoas que compartilham ideias, pensamentos ou conhecimentos afins, organizadas e agrupadas em torno a objetivos específicos. Há coletivos urbanos, coletivos anarquistas, coletivos virtuais, coletivos de meios livres e alternativos, etc.
Comunidades autônomas: Geralmente surgidas a partir de acontecimentos político-sociais, são comunidades que alcançaram graus muito elevados de autonomia. Exemplos deste tipo são o município de Cherán no estado de Michoacán e as Comunidades Autônomas Zapatistas em Chiapas.
Espaços alternativos: São espaços físicos geralmente em zonas urbanas ou semi-urbanas, onde se realizam atividades diversas encaminhadas a contribuir com a mudança social, humano e seu entorno, educativo alternativo, artístico-cultural, holística-filosófico, software livre, entre outros. Exemplos são: El HackerSpace Rancho Electrónico no DF; La Casa-Estudio Dirê Nikkhö em Querétaro; La Caverna em San Cristobal, Chiapas; Entreamigos em San Pancho, Nayarit, etc.
Pessoas: Seguramente não o sabes, mas em teu bairro ou colônia existem pessoas como tu conscientes da necessidade de outro mundo possível, que em sua forma e modo contribuem com a mudança. Seguramente gostarias de encontrá-las e formar um coletivo ou espaço alternativo em tua localidade, colônia, bairro ou cidade.
São alguns exemplos de espaços alternativos / territórios autônomos, mas existem muitos mais. Só pretendemos demonstrar que autonomia e organização horizontal e desde baixo são possíveis e já estão em marcha.
Não importa se dada a desesperação tenhas votado pensando que em algo poderia ajudar, ou tenhas anulado ou decidido NÃO votar, nossa recomendação é: Organiza-te e Lute!
A situação está muito difícil, e ficará pior… a necessidade de uma mudança é iminente, pois são muitas as agressões contra o nosso povo. O processo por uma mudança radical ocorrerá a qualquer momento, de ti depende empreender o esforço atuando com consciência ou delegar essa responsabilidade a teus filhos. Tu decides.
Um caminho de mil quilômetros começa com o primeiro passo – Lao Tzé
Tradução > Sol de Abril
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