[O livro inclui um caderno de fichas policiais e um dicionário criminal. Uma obra única e ilustrada, um universo perigoso e obscuro dominado por vagabundos, delinquentes, pistoleiros, apaches, os Fantômas espanhóis e os últimos bandoleiros.]
Em 1900, enquanto Barcelona ardia durante os graves distúrbios da Semana Trágica, ainda resistia os últimos legendários bandoleiros andaluzes. O exército de delinquentes era formado por um universo fascinante: dronistas, sirleros, espadistas, ratos de hotel e, claro, apaches: tipos tatuados que cruzaram a fronteira francesa e se estabeleceram na Espanha. Pistoleiros de extrema-direita se enfrentavam com grupos anarquistas especializados no uso da star [pistola] e com frequência, uns e outros podiam se encontrar em cabarés, cafés cantantes, sinistras tavernas onde se reuniam vagabundos e bandos, capangas e boêmios”. Ao mesmo tempo, surgiam grupos terroristas como La Banda Negra, dirigida por um obscuro e falso barão, que também tinha sua réplica em uma conhecida quadrilha de assaltantes de trens. Eram os anos do clorofórmio, do êxito de Fantômas e o temido cotú, a navalha de dronistas e sirleros. Eram chamados “chusma acanalhada”, “pessoas de mal viver” e eram os donos dos baixos fundos em meio de um universo que ainda hoje nos resulta estranho e quase desconhecido.
Esta é uma obra única, ambiciosa e monumental, composta por dezenas de artigos e ensaios, ilustrações e fotografias da quadrilha, um recorrido por uma época e uns anos (desde a mudança do século à ditadura de Primo de Rivera e a criação do grupo Los Justiceiros, do legendário anarquista Durruti) de uma Espanha fascinante, um país de intrigas políticas, titânicas lutas entre polis e ladrões, onde brilham nomes como os de Fernández-Luna, o inspetor que lhe declarou a guerra ao Fantômas espanhol, e os grandes falsificadores e estafadores. As explos&otil de;es se sucediam quase cada semana e os anarquistas se armavam para enfrentar aos grupos terroristas da patronal.
Este é o mundo dos baixos fundos descrito magistralmente por Pío Baroja, um olhar inaudito a nosso próprio passado que inclui um maravilhoso caderno com mais de meia centena de fichas policiais anteriores ao uso da impressão digital e onde as tatuagens dos resenhados são copiadas à mão alçada assim como um dicionário de gíria “fundo-criminal” da época.
Podes ver o book trailer aqui: https://vimeo.com/180724644
Fuera de la ley. Hampa, anarquistas, bandoleros y apaches: los bajos fondos en España, 1900-1923
La Felguera Editores, Colección Memorias del subsuelo, 37. Madrid 2016
566 págs. Rústica 24×17 cm
ISBN 9788494420887
23.00€
Tradução > KaliMar
agência de notícias anarquistas-ana
Frescura:
os pés no muro
ao dormir a cesta
Matsuo Bashô
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...