– Chamada Semana de Solidariedade à Rojava:
De 25 de outubro a 1º de novembro.
Propomos que os coletivos organizem debates e atividades em seus locais de inserção.
– Ato Internacional de Apoio à Rojava 1º de novembro:
Rio de Janeiro, concentração na Candelária às 17h. Ocorrerão variados atos internacionalistas pelo mundo.
O povo curdo é o maior povo sem Estado do mundo, cerca de 50 milhões de pessoas divididas entre Iraque, Irã, Síria e Turquia. Em 2012, as forças curdas da YPG (Unidades de Proteção dos Povos) e da YPJ (Unidades de Proteção das Mulheres) libertaram diversas cidades do domínio do exército do ditador da Síria, Bashar Al-Assad.
Desde 2014, as forças curdas também libertaram diversas cidades do controle do grupo fundamentalista Estado Islâmico, tendo como maior símbolo a defesa histórica da cidade de Kobanê.
Mas estas não são apenas vitórias militares. Nas regiões libertadas os curdos, unidos a diversas etnias – assírios, sírios, armênios, árabes, turcomenos, chechenos – de diversas religiões – muçulmanos, cristãos, yezidis, alevitas – estão agora construindo juntos uma alternativa ao sistema internacional de dominação capitalista em que vivemos. Essa alternativa, chamada Confederalismo Democrático, não visa a criação de um Estado Naciona l, mas sim a construção de um sistema baseado no comunalismo, tendo como pilares a libertação e protagonismo das mulheres, a ecologia e a democracia direta, ou seja, quando as decisões são tomadas coletivamente pelas próprias comunidades e não por políticos profissionais. Essas regiões autônomas que aderiram a esse sistema são agora chamadas de Federação de Rojava e Norte da Síria. Esse sistema confederalista tem melhorado muito a qualidade de vida de toda a população, representando um grande passo em direção a uma sociedade verdadeiramente democrática, igualitária e sem opressões.
É de extrema importância nesse processo a participação de cerca de 50% de mulheres em todas as instâncias de decisões, havendo ainda instâncias deliberativas e uma Unidade de Defesa (YPJ) exclusivas a elas, já que partem do pressuposto que sem a libertação das mulheres não há a libertação de outras opressões.
Agora em 2016, o Estado turco – que é membro da OTAN – invadiu militarmente os territórios liberados com o objetivo de acabar com essa revolução do Confederalismo. O governo turco, liderado por Erdogan, vem há anos fechando fronteiras para a passagem de refugiados e o envio de munição, ajuda humanitária e voluntários para a causa curda. Além disso, o governo turco tem atacado os bairros de população curda na Turquia, trabalhando em conjunto com o Estado Islâmico.
Que essa organização popular nos sirva de exemplo para a construção de um novo mundo.
Todo apoio e solidariedade à Revolução Popular Curda!
– Pela liberdade de Abdullah Öcalan
– Pela retirada do PKK da lista de terroristas internacionais
– Pelo fim do jogo sujo do imperialismo norte-americano e russo
– Pelo reconhecimento da Federação de Rojava
Biji Rojava! (Rojava vive!)
Jin, Jiyan, Azadi! (Mulher, Vida e Liberdade!)
Para mais informações, acessem as páginas de apoio e solidariedade aos curdos e à Rojava no facebook.
Conteúdo relacionado:
Mais fotos:
agência de notícias anarquistas-ana
Sabiá no galho —
O vento sobe na árvore
para ver o canto
Teresa Cristina flordecaju
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!