RESPEITO E LIBERDADE PARA OS ANIMAIS. LUTEMOS ATÉ O FIM DO ESPECISMO
MANIFESTAÇÃO: 5 de novembro – Pza España – 17h – Madrid
No próximo 5 de novembro sairemos à rua. Porque queremos que nos vejam e que escutem nossa mensagem. Uma mensagem que não é só nossa, é a mensagem de milhões de animais não humanos.
Convocamos esta manifestação para visibilizar e denunciar a realidade de exploração e cativeiro a que estão submetidos.
Não queremos seguir ignorando o sofrimento que nossa sociedade lhes provoca como se não fossem seres que mereçam respeito e liberdade.
São muitos os cenários nos quais se dá esta submissão para os outros animais:
‘‘Nossa festa nacional’’ e outras ‘‘festividades’’ se centram na tortura e humilhação de animais como fonte de diversão em nome da tradição e a cultura.
Os circos, zoos e aquários, sob as cores do entretenimento, escondem um cárcere cujo único fim é obter benefício econômico de uma escravidão justificada com diferentes mentiras (conservação, educação, diversão, etc). Em nossa memória ficam nomes como Nova, Inky, Arturo, Daya, Tilikum, Sampal… e tantos outros que seguem encerrados ou morreram nestas instalações.
Há outras muitas que nem sequer tem um nome, as que são encerradas, torturadas e assassinadas em granjas para o consumo humano, as que são obrigadas a reproduzir-se para utilizar seu corpo, comer seus ovos e beber seu leite. E não só se tira benefício de suas vidas, senão também de suas mortes. Arrancando-lhes sua pele ou tirando seu pelo para vestir as pessoas humanas que o querem.
Os que são meros objetos de compra, venda, abandono e refugo, como se se tratasse de mercadorias intercambiáveis, e que em alguns casos acabam encerrados em jaulas e aquários longe de seu habitat natural.
Animais encerrados com o objetivo de experimentar com seus corpos para solucionar nossos problemas, para fins científico-educativos e criar produtos que se supõem que vão melhorar nossas vidas (cosméticos, medicamentos, produtos de limpeza, armas químicas, etc.).
Ou aquelas que são exterminadas porque são consideradas pragas ou que ocupam um espaço que se supõe que pertence aos humanos (pombas, insetos, ratos, etc.).
Todo este sistema de opressão é sustentado pelo ESPECISMO. O sistema de crenças que nos leva a manter uma hierarquia segundo a qual se crê que há espécies que devem dominar a outras e que a nossa, a humana, deve dominar a todas.
Frente a tudo que já dito, o que nos resta é divulgar esta realidade, conscientizar com base nela e fomentar outro tipo de relações e comportamentos entre nós e com o que nos rodeia. É lutando que ao longo da história se tem derrotado outras situações de injustiça e opressão.
Todas somos animais e merecemos respeito e liberdade independentemente de nossas características físicas ou corporais, nossas capacidades, nosso lugar de origem, nossa idade, nossa identidade cultural ou étnica, nossa identidade sexual ou de gênero ou nossa espécie. Os animais vivem por e para si mesmos e para satisfazer suas necessidades e desejos. Não estão aqui para conveniência ou uso humano.
Todas as opressões estão unidas e tem nexos em comum. Não encontramos sentido em discriminar a umas e defender a outras. Nos resulta incompatível sustentar um discurso antiespecista e defender os direitos dos animais, com o fato de admitir a nosso lado pessoas e grupos que mantém posturas fascistas, sionistas, machistas, homofóbicas, xenófobas, transfóbicas, etc. O especismo não é um fato isolado do restante das formas de discriminação e opressão que existem em nossa sociedade.
Somos cada dia mais as pessoas que tomam consciência desta realidade e nos cabe o caminho de reagir e atuar contra esta injustiça. Não só deixando de apoiar o consumo animal e aplicando esta crítica a nossas vidas, senão que também passando a ter uma vida de compromisso e ativismo pela liberação de indivíduos de outras espécies.
E não podemos esquecer das companheiras humanas que estando nesta luta, foram e são represaliadas, multadas, se encontram com processos judiciais abertos ou inclusive perderam sua liberdade.
Os políticos criam estas leis que tentam paralisar a luta e prejudicam os animais. Os juízes ditam as sentenças e os policiais as executam. Isto nos demonstra que não podem estar nem estão do lado dos animais.
Não acreditamos em leis que nos imponham formas de pensar e atuar. Entendemos que a liberdade dos outros animais vai de encontro a um rechaço consciente da injustiça. De um posicionamento político que envolva nossas vidas e não dependa de criar um medo social através de penas ou proibições. Entendemos que a vida mesma é política, não entendemos a política institucional imposta desde uns poucos e a base de pactos e reformas.
Já que para nós o justo é que os animais sejam livres, nos posicionamos do lado de quem empreende essa luta. Uma relação direta do que dizemos a encontramos no caso das companheiras que se encontram presas, algumas por gestos como arriscar-se a perder sua própria liberdade para que outros indivíduos possam recuperá-la.
Agora são elas as que estão encerradas e não só não podemos esquecê-las, senão que temos que apoiá-las no que necessitem e em divulgar seus casos. É necessário criar uma comunidade de luta que não esquece seus presos.
Da mesma maneira que não queremos esquecer de todas aquelas que ao longo da história do movimento pela liberação animal perderam sua vida em protestos. Recordá-las faz com que sua luta e seus atos sigam vivos.
Esta é uma realidade que não pode continuar e muito menos seguir recrudescendo. Por isso convidamos a todas as pessoas que estão questionando sua posição e seu lugar neste sistema, que estejam gerando uma consciência acerca desta realidade; assim como também a todas essas pessoas que dedicam suas vidas contra o encarceramento, a exploração e o assassinato de animais a participar nesta manifestação. Nos vemos no dia 5 de novembro!
Convoca: Asamblea Antiespecista de Madrid e Colectivo 1 de Noviembre.
Toda a informação em: http://5denoviembreantiespecista.org/
info@5denoviembreantiespecista.org
Tradução > Sol de Abril
Mais fotos:
agência de notícias anarquistas-ana
No céu azul
parecendo pequenina
a grande gaivota.
Paula Lima Castanheira – 13 anos
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!