A banda punk Doña Maldad começou no início de outubro de 2016 uma turnê que eles chamaram de “Todos contra o AMO. Tour”. Trata-se de uma série de concertos em Bogotá, Cali, Cidade do México, Querétaro, Atizapan, Toluca, Pachuca, Puebla e Oaxaca. Em algumas dessas cidades, como Bogotá, Cali, Pachuca, Cidade do México, antes do concerto, serão exibidos documentários em referência aos danos ambientais, sociais e culturais causados pelos projetos de mineração nesses pa&iacu te;ses e onde, a banda, irá expor o caso dantesco “Arco Mineiro do Orinoco (AMO), aprovado pelo Governo Bolivariano em fevereiro deste ano e que tem causado a raiva e a indignação nos movimentos sociais desse país.
Doña Maldad é um trio musical punk formado no final dos anos 90, na cidade de Maracaibo, Venezuela. Desde o ano 2000 até agora eles lançaram algumas gravações em diferentes formatos e sempre com a participação de vários selos independentes de outras latitudes e outras bandas de música rebelde. Desde suas letras, apresentações e trabalhos audiovisuais têm apoiado a sua maneira as lutas locais contra a expansão da mineração de carvão na bacia hidrográfica que abastece de água sua cidade, contra a instalação de uma usina elétrica a base de carvão, a instalação do mega-porto América e outras mobilizações onde eles revelam as contradições e o espírito das políticas neoliberais do governo.
A turnê, organizada por um trabalho em conjunto dentro da Distribuidora libertaria “RojiNegro” (Col), “Pankdemia Festival” (Col), “DIY or Die” (Méx), começou em 7 de outubro. Durante a viagem da banda, compartilharam ideias e música com bandas como “Rebellión” (Bog), “Retaque” (Equador), “Lucha Autonoma” (Méx), “Desorden Psicológico”, “Animals and beasts” (Méx), “Nastiness” (Col), “Misa Histerica” (Chile), e muitas outras. Como parte das atividades preparadas da turnê, também participaram coletivos de jovens como “Reciclando Ideas” (Toluca), “La Pira” (Cali). A cidade que fechou a turnê foi Oaxaca, México, uma cidade que resiste há anos à repressão policial naquele país, e onde em 2006 foi assassinado o jornalista do Indymedia Brad Will, que antes de morrer visitou as comunidades do rio Socuy, ao norte de Maracaibo, na Venezuela, com a intenção de preparar um audiovisual sobre a luta contra a mineração. O último vídeo-fórum aconteceu no dia 29 de outubro, na conhecida “Biblioteca Social Reconstruir”, na Cidade do México.
Assim, “Todos contra o AMO” é mais uma expressão de rejeição ao lançamento daquilo que o Governo Bolivariano denomina o motor da mineração, 112.000 km² de território ao sul da Venezuela que foram entregues às transnacionais para extrair Ouro, Bauxita, Coltan, entre outros usando técnicas altamente poluentes da mineração a céu aberto nos territórios e terras indígenas ainda não demarcadas, que não foram consultados sobre áreas protegidas por sua impo rtância ecológica e as suas grandes reservas de água e florestas amazônicas demonstrando assim a servidão do governo à ordem mundial que está apontando para o imperialismo chinês em detrimento das nossas comunidades e áreas ecológicas.
Fonte: http://periodicoellibertario.blogspot.com.br/2016/10/todos-contra-el-amo-tour-colombia.html
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!