A seguir, texto da Assembleia de anarquistas pela emancipação social e de classe, escrito e publicado em razão da visita do presidente dos Estados Unidos a Atenas em 15 de novembro de 2016.
Contra a Guerra e o totalitarismo moderno. Contra a ditadura mundial do Estado e do Capital
Indigência, exploração, opressão, reclusão, guerra, desarraigo, saque da natureza, morte: Estas são as condições que compõem a realidade cotidiana dos estratos sociais mais pobres a nível mundial. Trata-se de umas condições derivadas do modo capitalista e estatal da organização social, e da imposição violenta das elites políticas e econômicas sobre a grande maioria dos oprimidos e explorados.
Hoje em dia a crise sistêmica reflete a quebra total do mundo do Estado e do capitalismo, que não pode satisfazer as necessidades sociais, e não pode prometer nada mais que a imposição da lei da selva. Nesta condição, a ofensiva da Soberania mundial vai se escalonando constantemente, tanto dentro do mundo ocidental como na periferia capitalista. Por um lado, tem lugar constantemente incursões e invasões militares (Líbia, Ucrânia, Síria, Iraque), como resultado da agressividade constantemente ampliada do bloco ocidental da Soberania (o Estado grego constitui uma parte integrante desta aliança, desigual em seu interior) contra seus c ompetidores locais ou periféricos, pelo controle, o poder e em última instância o saque de zonas geográficas, de suas populações e de seus recursos naturais. Por outro lado, no interior das metrópoles ocidentais estão impondo o temor desde cima. O regime de emergência se faz permanente através da militarização das sociedades, com o pretexto da “segurança”, enquanto que o regime que rege os centros de internação (campos de concentração) e as cercas, hoje é válido para os “estrangeiros”, mas amanhã se estenderá e incluirá aos marcados pelo Poder como excedente e aos que se ponham em ponto de mira como inimigo interno.
Neste marco, o objetivo da visita iminente do presidente dos EUA a Atenas para a realização de debates oficiais com o governo grego sobre assuntos econômicos, geopolíticos e de gestão da questão migratória, é a adaptação das políticas da elite econômica e política às linhas principais determinadas pelos interesses da hegemonia do bloco ocidental à nível mundial. Neste bloco os EUA possuem um papel fundamental. Em outras palavras, o que se pretende fazer nestas reuniões não é somente a continuação sem impedimentos dos processos de re-estruturação do Estado grego, da economia e da sociedade (gregas), assim como conseguir seu apoio sem condições e sua contribuição às planificações realizadas, assim que se perpetue a hegemonia do bloco de Poder ocidental no campo geopolítico mais amplo, e (conseguir) o compromisso do governo atual (e de qualquer governo) de submeter a sociedade à barbárie da guerra e do totalitarismo moderno.
A conjuntura da visita do presidente americano a Atenas, às vésperas do 17 de novembro e durante a celebração dos eventos de três dias em memória da revolta na Escola Politécnica (o 17 de novembro de 1973), serve às pretensões diacrônicas do Poder de impor o esquecimento sobre a memória social e de classe. São umas pretensões que constituirão falsas ilusões para os soberanos, enquanto as lutas políticas e de classe mantenham aberto o caminho da derrocada do existente, e da criação de uma sociedade de igualdade, solidariedade e liberdade.
Em 15 de novembro nos manifestamos contra a soberania mundial do Estado e do Capital, contra a guerra e o totalitarismo moderno. Nos manifestamos solidarizando-nos com os de baixo, em todo o mundo, os explorados e os oprimidos, que lutam com dignidade para sobreviver, e com todos os que se rebelam e lutam contra a barbárie estatal e capitalista.
Enviamos a mensagem da solidariedade a nossos irmãos de classe nos EUA, aos americanos negros que sofrem a violência policial racista e o terrorismo estatal, aos trabalhadores que lutam com suas greves contra os salários de fome, aos presos rebelados contra a barbárie do cárcere e o regime da escravidão moderna.
Enviamos a mensagem da solidariedade internacionalista a nossos companheiros de luta na Turquia, que lutam contra o totalitarismo do Estado e do Capital, assim como aos lutadores kurdos, que lutam pela auto-organização de suas comunidades.
Solidariedade social, de classe, internacionalista. Organização e luta pela revolução social mundial, pela anarquia e o comunismo.
Concentração-marcha: terça-feira, 15 de novembro de 2016, às 17h30, na velha Escola Politécnica.
Assembleia de anarquistas pela emancipação social e de classe
O texto em grego:
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/atenas-15-de-noviembre-de-2016-manifestacion-contra-la-visita-de-obama/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Um trovão estronda –
e os trovõezinhos ecoam
na selva em redor.
Nenpuku Sato
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...