O Centro de Documentação e Investigação da Cultura das Esquerdas ((CeDInCI/UNSA) convida para a inauguração da nova mostra: Gráfica do Anarquismo Argentino (1893-1939).
O Anarquismo, como todos os grandes movimentos emancipatórios, precisou para se expandir pelo mundo tanto da ideia de opressão humana e redenção social, como de imagens capazes de comunicá-las massivamente.
O processo de construção do anarquismo como identidade de massas foi decisivo nas manifestações pelas quais os trabalhadores tomavam as ruas, bem como os hinos revolucionários entoados pela multidão que empunhavam bandeiras vermelhas e negras. Nas tribunas populares levantadas em razão do 1º de Maio ou de uma greve, os velhos doutrinários cediam seus lugares para barbudos oradores com seus gestos enfáticos e eloquente retórica. Os jornais produzidos em minúsculas tipografias perdiam lugar para os almanaques populares, as revistas e os diários obreiros, nos quais os longos textos eram acompanhados por uma série de representações simbólicas , capazes de condensar uma imagem de um mundo de ideias e valores.
Para que se desse essa passagem dos livros para as ruas, fábricas e casas obreiras, foi necessário um processo de gestação de símbolos e imagens capazes de irradiar seu poderoso magnetismo. A arte que demandava o anarquismo não era a do cavalete e do salão, muito menos a obra única dotada de toda uma aura, mas a da reprodução que permitisse a circulação social ampla, favorecidas por técnicas como a da litografia, xilografia e da gravação no metal. E se a vocação pedagógica comprometeu em princípio esses artistas do povo com uma estética realista, e incluso naturalista, suas inquietudes os levaram a experimentar nas formas que chegavam das vanguardas europeias, como o expressionismo e o futurismo.
A mostra Gráfica do Anarquismo Argentino (1893-1939) põe ênfase na produção gráfica do anarquismo em nosso país nas décadas de seu esplendor, com uma ampla gama de recursos gráficos: indo de jornais, diários, revistas, folhetos, grandes cartazes até pequenos volantes. O CeDInCI se propôs aqui a exibir algumas das peças mais valiosas de seu patrimônio documental, aspirando contribuir com o conhecimento público desse momento e efervescência social, registrando o encontro entre vanguardas políticas e artísticas.
Colecão CeDInCI
Curadoria e textos: Horacio Tarcus – Verónica Tejeiro
Assistência: Sofía Frigerio
Montagem: CeDInCI – Jerónimo Veroa
De 17.11.16 a 14.01.17
Espaço de Arte da Fundação OSDE
Endereço: Suipacha 658 1º piso | CABA
Os esperamos!
CeDInCI
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Pardais ciscando,
Pedras enfileiradas.
Alvorada morna…
Fábio Azevedo
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!