Texto e ilustração Heitor Vilela
Pela luta, interna e externa. Contra o fascismo cotidiano, enrustido na sociedade e principalmente do estado.
Sua morte brutal e prematura, reflete o discurso de ódio alimentado diariamente pela imprensa, corroborado pelos liberais de direita e pessoas que se recusam debater ou aceitar o diferente. Intolerância só gera desgraças.
Querido por todos nos mais diferentes fronts de batalha, nos sarais e rodas de conversa, o camarada soube pelo o que lutar, com convicção e determinação. Anarquista nato. Enfrentou o fascismo do estado e seu braço armado, alem de lidar com a estrutura repressiva e hierárquica da família.
Todos que destilam ódio e aplaudem a violência como única solução para os embates políticos, tem as mãos sujas de sangue. A cultura do ódio pode muitas vezes seduzir as mentes mais fracas.
Certamente o Camarada Irish, estará presente nas barricadas, nas resistência e nos momentos lúdicos de celebração. Em sua última luta, a qual ajudou com firmeza, tanto na UFG [Universidade Federal de Goiás] quanto em todas ocupações e atos de rua contra o desmonte da educação pública, ele que estudava para ser professor, certamente vai inspirar e dar força aos que continuam na luta.
Essas densas tormentas um dia vão passar e vocês donos do poder, pagarão dobrado!
Nota:
O estudante de matemática na UFG, conhecido por Guilherme Irish, foi assassinado com quatro tiros pelo próprio pai na última terça-feira (15/11). Ele era anarquista, adepto da tática black bloc e participante ativo das ocupações de escolas e faculdades em Goiânia.
O pai, um engenheiro civil de boas condições financeiras de 60 anos, não aceitava que o filho participasse do movimento, já havia ameaçando entregá-lo para a polícia e até mesmo de morte. O homem que não tinha posse de arma, chegou a ir armado em duas manifestações contra a privatização do ensino público em Goiás e a PEC 241 (55), perseguir Guilherme e ameaçar outros militantes.
Um crime de ódio, motivado por intolerância política. Guilherme de apenas 20 anos, foi pego por uma emboscada armada pelo pai, quando saía de casa rumo a Ocupação do Campus 2 da UFG, que sofria risco de reintegração de posse.
agência de notícias anarquistas-ana
Há trafego intenso —
Vendo o ipê amarelo
Meus olhos descansam.
Sonia Regina Rocha Rodrigues
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!