Oito meses antes do encontro do G20 em Hamburgo (Alemanha), conexões clandestinas realizam ataques contra a ordem vigente todas as noites ao redor da Europa. Majoritariamente sem nos conhecermos, nossos incêndios encontram alvos similares, colocados no forte europeu [Fortaleza Europa] construído pelas mãos do Estado, contra os quais reagimos através dos pontos cruciais da subversão anarquista. Frequentemente, isso acontece a partir da referência de uma estrutura local, e raramente com a perspectiva de uma sabotagem internacional contra as formas de dominação.
Portanto, é a rede de pessoas, agressiva e preparada para o ataque, que está sempre a procura de oportunidades para direcionar os ataques contra um foco em comum. Nós deveríamos ter mais coragem para arranjar encontros, para viajar com o intuito de encontrar lugares onde possamos compartilhar ideias e multiplicar nossas experiências. Mas nós também queremos conduzir ações onde vivemos, para construirmos relações para além do contexto local e específico, de forma a ignorar as fronteiras temporárias e nos tornarmos incalculáveis, inumeráveis enquanto rede.
Nós observamos estas proposições em muitos momentos e muitos movimentos autônomos ao redor do mundo, porém, muitas vezes, limitada à expressões de solidariedade verbal ao invés de transformar o debate qualitativamente.
Por isso, decidimos apoiar a mobilização contra o encontro do G20, e entender este momento como uma possibilidade, que abre oportunidades para discutir os vínculos entre nossas lutas isoladas, tanto através de palavras e textos, quanto através de ações.
Os meses que se aproximam serão de planejamento e organização de um caráter internacional para a manifestação, se obtivermos sucesso em comunicar nossas referências com os grupos autônomos. Por isso, defendemos ações de células isoladas, que atuem agora no sentido de planejar os ataques e conectá-los, para reforçar a mobilização de acordo com as necessidades postas.
Isso pode resultar no surgimento de novos grupos autônomos, capazes de reunir informações sobre o ataque. O período que se estende até o encontro do G-20 precisa considerar o objetivo de compreender nossa real força, para que após o ocorrido não seja mais preciso esperar pelo próximo evento. Deste modo, por meio das notas provenientes das zonas insurgentes na França ou na Grécia, ficamos esperançosos para encontrar convergências na subversão constante de centros urbanos.
Este princípio não é novo, e é frequentemente confiável. Das últimas vezes que isso ocorreu, durante a Destroika (contra a sede do Banco Central Europeu em Franfurt, na marcha de 2015), e as ações descentralizadas contra o despejo da [okupa] Rigaer94 (em Berlim, no verão de 2016), se evidenciaram as condições de utilizar grande parte de nosso potencial, o que fez valer a pena. A campanha organizada através destas ações gerou um aprofundamento e acirramento dos eventos de massa organizados por militantes, aproximando afinidades e objetivos.
Chamamos a todos os grupos militantes para agir explicitamente desde já, e organizar pequenas ou grandes ações contra o terror do G20, dos Estados e do canibalismo da sociedade.
No dia 6 de Novembro, em uma manhã de domingo, fizemos a nossa parte: colocamos artefatos incendiários em um estacionamento da Deutsche Telekom [maior companhia de telecomunicações da Alemanha] em Berlim, destruindo uma parte de sua frota de veículos. Como já foi descrito por um grupo em Hamburgo após seu ataque contra a COSCO [transportadora transnacional], a Deutsche Telekom é uma corporação civil-militar, um ator global de repressão e exploração. A Deutsche Telekom está envolvida atua lmente com o suporte técnico à Frontex [agência europeia de defesa armada de fronteiras], para mapear rotas de refugiados e chegar até os contrabandistas. Com a incorporação da empresa grega de telecomunicações, a OTE, eles já chamar am a atenção e a raiva para si mesmos. Nós demos uma outra expressão para esta revolta.
Ataque o encontro do G20 em Hamburgo!
Um grupo autônomo.
Fonte: https://linksunten.indymedia.org/en/node/197296
Tradução > Malobeo
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!