Olá companheiros! Cumprimento-lhes com um forte grito de raiva, solidariedade e anarquia, há pouco mais de 94, 608,000,000 segundos de estar sequestrado por este maldito sistema, e a 23 dias de solidariedade com os demais compas e por todos os acontecimentos que passam diariamente neste mundo; creio que é necessário mencionar o porque desta greve e jejum, porque o vivemos diariamente, não importa aonde estamos, se aqui ou ali, ou aonde chamamos de rua, ainda que em todos os lados estamos sendo vigiados e obrigados a sermos serviçais, e é esta mesma submissão é a que dá o poder ao poder e a luta à luta.
Quem sou eu?
Meus pais me chamam de Abraham, o Estado me chama de criminoso e o restante igualmente, mas eu digo SERCKO, porém muito mais que isso sou um ser vivo e pensante, selvagem como um lobo solitário, sem amo nem deus. Compas, gostaria de compartilhar algo de mim, e desde a recordação mais antiga que tenho em minha vida, sempre houve ódio, rancor e tristeza, distinção, depressão, esquecimento, opressão, entre outras coisas, observando e sentindo tudo, uma vida acelerada daqui para ali, as palavras do cárcere, o pagador. Mas de pagador não tenho nem meus pais; não escolhi meus pais, nem meu estado econômico ou status social. Não escolhi viver, mas meus pais me fizeram para se manterem unidos, e assim digo que fui u m pouco febril, e estou aqui e conforme vão passando os anos, deixo de ser terno, glutão e cagão, passando a ser da domesticação caseira, estudando, aprendendo, sendo o melhor e, a troco de que, com uma má resposta vem um golpe, com uma boa resposta, outro golpe, outro golpe… Então, do que se trata tudo isso?
Depois veio “Chuchocraist” aqui e ali e mais religiões e seitas, ao que senti uma falsa esperança. Primeiramente queriam me inculcar o catolicismo, depois o próprio cristianismo, ao que depois estavam já duvidando. Eu acredito no que sinto, no que vejo, e até agora o ser eu mesmo e saber quem sou é o melhor que tem me ocorrido, pois assim não tenho apegos e não necessito de nenhum deus, imagem ou sentimento para me fazer ou mesmo sentir que posso morrer sem peidos, para isso nos fizeram; desde que rompi com a minha família e o cordão umbilical, não regressando para casa e dependendo somente de mim mesmo, com altas ou baixas, “com vonta de de ser alguém”, perdido em quem sou, perdido neste mundo, reproduzindo cada aspecto amargo aprendido por essa “sociedade”, mas em busca de mim mesmo; as vezes me pergunto o que quero, e por agora quero ser livre, como milhões e milhões de explorados, ainda que para mim a liberdade seja uma amiga, somente somos verdadeiramente livres depois de mortos, porque retornas a ser nada.
Para que pedir liberdade física ou uma anistia, se para aonde formos sempre haverá um opressor, regras, muros, deuses, sistemas de submissão, dinheiro, escravidão, trabalho, religião e mais escravidão. Existem muitas outras formas de ver esse sistemas impostos por aqueles que se chamam da alta sociedade, como o tão mencionado narcotráfico, que apesar de ser um sistema tachado pelos meios [mídias], mas bem visto pelo Estado, porque assim também é uma forma de ter mais dinheiro e poder, enquanto controla a população com sedativos baratos e drogas, substancias feitas por mãos humanas, essas mesmas que matam diariamente os nossos jovens em todo mundo, a qualquer hora, em qualquer lugar, ainda acredito que nem t odas as drogas são dos traficantes, pois as empresas criam suas próprias drogas, como Coca-Cola, “bimbo”, McDonald, pizzas, ou como chamamos “comidas de rua”.
Também existem roupas, cosméticos, coisas e coisas, um monte de besteiras que inventam somente para fazer mais lixo, contaminar, alienar e terem controlada a população.
Companheiras, isso é algo que penso e que vivi, mas há uma coisa que tive desde sempre, como muitos, REBELDIA, e essa rebeldia é o que me mantém sensato ante esta loucura social, esta rebeldia, esta inconformidade ante o que vejo e sinto é o que me faz lutar, não importa se não me topam, não me importa se nem sempre atuamos em conjunto nem onde estamos, o que importa é lutar por um ideal.
Companheiros, saúde e anarquia.
Seu camarada,
SERCKO
agência de notícias anarquistas-ana
Dez mangas enormes
numa árvore de dois metros —
santa terra esta!
Carlos Martins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!