O texto a seguir foi publicado no site da Associação Sindical de Trabalhadores em Papelarias, Livrarias, Editoras e Meios Digitais de Ática, sob o título “Notas adicionais sobre o comunicado da nossa associação sobre a Black Friday”. A parte I pode ser lida aqui.
1. Ao registrar as facetas da ofensiva que estamos recebendo, não nos referimos às “Noites Brancas”, que, de acordo com a área geográfica e a conjuntura temporária aparecem como “Noites Vermelhas” ou “Noites de Amor”. Esta é uma outra instituição vil, batizada de “festa”, em que os patrões tentam estender o horário comercial e montar mais um circo consumista para os clientes totalmente degenerados e dependentes. É outro evento, que de longa data nos opomos na prática, e que estamos determinados a bloquear completamente, seja ele realizado ilegalmente, por exemplo, em alguns bairros de Atenas, ou sob um “manto de legalidade”.
2. Quanto a isso, observamos que, com base na imagem que temos, pelo menos para a temporada deste ano não acreditamos que será tentado uma extensão dos horários comerciais, fora dos marcos “legais”. No entanto, estamos em alerta, para agir de qualquer forma, a nível de movimento e no plano jurídico, para bloquear qualquer pretensão semelhante. Em qualquer caso, como ocorre nos Estados Unidos e em outros países, acreditamos que muito em breve a “Black Friday” (S exta-feira Negra) significará trabalhar até a meia-noite.
3. Parece que a iniciativa “admirável”, melhor dizendo show de arbitrariedades da Public, tem muitos seguidores, já que mais e mais empresas procedem à celebração da “Black Friday”.
4. De fato, outra empresa do nosso setor, Plaisio, com um vídeo de propaganda chama o público consumidor para participar da “Black Friday” com luvas de boxe!
5. Além disso, mais uma cadeia de lojas, a Media Markt, anda fazendo propaganda de uma “Black Friday” por vários dias, o que vai incluir o domingo, mesmo que seja apenas para compras através da Internet. No entanto, uma metodização como esta mostra claramente onde eles querem chegar…
6. O oposto de tudo isso: em um artigo publicado no ano passado no jornal Kathimerini, lemos sobre a abolição da “Black Friday” na Grã-Bretanha devido a conflitos. Mas, este ano Kathimerini publicou apenas artigos de publicidade desta instituição.
7. A imaginação e a arbitrariedade dos patrões no campo da exploração do trabalho não tem limites. Assim surgiu a “Black Friday”. E assim vamos ver mais eventos do tipo no futuro. Por outro lado, observando esta situação e seu impacto sobre o público consumidor, vemos que buscam umas “experiências cada vez mais avançadas de consumo”, em que os patrões buscam conhecer e reforçar esta “necessidade” do consumidor.
8. E como é lamentável, mas totalmente explicável, ver tantas pessoas dispostas a lutar por “conquistar” as ofertas de eletrônicos ou jogos de vídeo, enquanto ao mesmo tempo abstém-se completamente ou dão passos para trás na luta social e de classe para obter os meios para viver uma vida decente.
É certo que há muitas coisas que devemos observar sobre esta nova estupidez consumista dos patrões que está invadindo nossas vidas. É certo que há muitas coisas que devemos e podemos fazer para bloquear tanto as “Black Fridays”, como a ofensiva contra os nossos direitos e interesses, contra a nossa vida e dignidade.
Associação Sindical de Trabalhadores em Papelarias, Livrarias, Editoras e Meios Digitais de Ática
O texto em grego:
https://bookworker.wordpress.com/2016/11/23/kafrila-black-friday-2/
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/sobre-el-black-friday-parte-ii/
Conteúdo relacionado:
https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2016/12/01/grecia-sobre-a-black-friday-parte-i/
agência de notícias anarquistas-ana
A orquídea –
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Constantin Abaluta
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