Escritora talentosa, editora prolífica, oradora sem par, a dirigente anarquista espanhola Federica Montseny foi também, em 1936, a primeira mulher na Europa a ocupar a função de ministra. Na pasta da saúde e segurança social, ela enfrentou a situação das mulheres sem eira, abandonadas, das crianças de rua, a reinserção social das prostitutas, do alojamento dos sem-teto, da segurança dos desempregados…
Militante incansável da educação laica e racionalista para todos, ela impulsionou a alfabetização até o front onde suas equipes cuidavam dos corpos feridos e das almas dilaceradas. Utopista, mas realista, Federica teve a iniciativa da primeira lei a favor do aborto na Europa… Quarenta anos antes daquela de Simone Weil.
A derrota militar da Revolução Espanhola a empurrou, como a muitos outros, ao exílio. Presa pela polícia de Vichy, ela escapou da extradição porque estava grávida. Seu marido, aliás, passou uma boa parte da guerra na prisão, antes de ser libertado pela resistência. A ex-ministra continuou sua militância libertária em Toulouse entre escrita, edição, educação. Ela continuou convicta de que a cultura é a arma principal dos que sonham em transformar o mundo. Uma ideia herdada do príncipe Kropotkin, de Cervantes e Voltaire, dos filósofos gregos da antiguidade… de Hipátia de Alexandria.
Trailer: https://vimeo.com/187849378
Federica Montseny l’indomptable
Jean-Michel Rodrigo, Documentário, 52 minutos, 22 euros.
Legendas em Espanhol, Inglês e Francês.
25,00€
agência de notícias anarquistas-ana
No parapeito
da velha janela
a gata espreita
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!