Por Ari Soares
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém perdoasse ninguém a menos que merecesse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém sentasse à mesa com alguém que não gostasse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém presenteasse ninguém com presentes artificiais.
Eu realmente gostaria que este clima falso não estivesse pesando sob as mentes das pessoas que não se deixam enganar por momentos tramados e passageiros.
Este fim de ano eu gostaria que as crianças sequestrassem Papai Noel e o espancassem. Depois libertassem as renas do jugo desse capitalista. E que lhes enviassem uma carta bomba, caso ele consiga fugir, quem sabe libertado por aqueles malditos duendes que se deixam escravizar pelo tirano Noel.
Gostaria que seu saco de presentes capitalistas, que corrompe a mente ingênua das crianças, fosse roubado por “crianças de rua” e que os presentes, produtos de furto, fossem distribuídos pelas favelas deste mundo.
Basta apenas querer enxergar para ver quantos cifrões se escondem por detrás daquela pança e daquela barba de maldito bom velhinho risonho.
Nota:
Folheto distribuído em São Paulo no final da década de 80, durante um ato antinatalino-consumo no centro da cidade. A polícia caiu de pau-borrachada…
agência de notícias anarquistas-ana
sol e margaridas
conversa clara
na janela da sala
Alonso Alvarez
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!