Texto da Assembleia de anarquistas e antiautoritários/as de Lâmia sobre as denominadas “Noites Brancas”. O texto foi distribuído em uma ação realizada faz uns dias no centro da cidade.
Que vão os ministros, os prefeitos e todos os patrões a trabalhar no domingo e pelas noites.
Em 13 de outubro de 2016, após uma convocatória da junta diretora da Associação de Comerciantes de Lâmia, se realizou um conselho, no qual um dos temas principais debatidos foi a organização de uma “Noite Branca” na cidade. No conselho anteriormente mencionado muitos donos de lojas exigiram de maneira insistente “que se celebra-se por fim em Lâmia” uma “Noite Branca”, onde a junta diretora tomou a relativa decisão, sendo seu argumento principal a “melhora e a tonificação da psicologia dos consumidores”. Claro, não nos surpreendeu que não lhes interessasse o mínimo os empregados das lojas, os quais vão dar uma surra por causa da festa. Assim, pois, ao mesmo tempo que os donos dos grandes negócios comerciais montam festinhas para “tonificar” a economia e o mercado local destroçados, seus empregados, assim como todos os que estão trabalhando nesta época, sentem em seu corpo a violação constante de seus direitos e de sua dignidade. Os salários de fome, o trabalho não remunerado durante muitos meses, os horários comerciais flexíveis, os convênios individuais, as horas extras não pagas, e já o trabalho no domingo, não são nada mais que o terrorismo patrona l moderno. É um terrorismo, o qual já considera normal obrigar diretamente aos trabalhadores a trabalhar até a meia-noite, até às 12 da noite! De fato, é esta condição miserável para os trabalhadores a campanha de publicidade, com o fim de chamar o “público consumidor” a participar neste evento e a aumentar os lucros dos comerciantes locais.
Não devemos esquecer que em nenhum caso poderia realizar-se esta festinha sem a benção da prefeitura de Lâmia, que se encarregou da celebração de eventos culturais, assim eles contribuem para o fortalecimento da “raiva consumista” dos cidadãos, tratando de fazer-lhes esquecer a inexistência da Prefeitura em seus problemas cotidianos. Faz dois anos as “Noites Brancas” foram apresentadas como “exceções”, temos a experiência como trabalhadores ou não de entender que “não há nada mais permanente que o temporário”. O mesmo ocorreu faz uns anos com a extensão dos hor&aac ute;rios comerciais, o mesmo sucede atualmente com a tentativa de eliminar por completo o domingo como festivo através da medida dos “sete domingos laborais ao ano”. O mesmo estão fazendo com as “Noites Brancas”, concedendo a cada periferia, a cada prefeito e a cada Associação Comercial a jurisdição de organizar tais festas quando lhes dá vontade. Já este dezembro se trata de aplicar, “já legalmente”, a abertura dos negócios comerciais três domingos sucessivos…
Chamamos aos companheiros e as companheiras de trabalho a resistir à realização das “Noites Brancas”, assim como a qualquer bravata usada pela patronal para impor sua vontade. Nos sindicatos, as coletividades obreiras, os comitês visíveis ou invisíveis em cada lugar de trabalho, devemos converter nosso medo e nosso descontentamento em reivindicação coletiva. Incitamos a nossos concidadãos e concidadãs a pensar como obreiros e não como clientes. A luta contra os horários “liberalizados” não concerne só aos empregados do setor do comércio senão a todos os trabalhadores. Os que aspiram a s er consumidores no marco da “Noite Branca” devem entender que o que estão vivendo (confrontando) hoje os trabalhadores no setor do comércio, amanhã o viverão (confrontarão) eles também em seus lugares de trabalho. A resposta a este totalitarismo moderno a damos com reivindicações coletivas desde baixo, com solidariedade de classe, resistência coletiva e criando comunidades de luta dentro e fora dos lugares de trabalho. Os interesses dos patrões são contraditórios aos interesses dos trabalhadores, e o nosso deve ser a defesa de nossa classe!
A sabotar as festas do consumismo. Tire as mãos de nossos domingos, nossas noites, nossas vidas…
Assembleia de anarquistas e antiautoritários/as de Lâmia, membro da Federação Anarquista
O texto em grego:
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/texto-de-la-asamblea-de-anarquistas-de-lamia-sobre-las-noches-blancas/
Tradução > Sol de Abril
Conteúdo relacionado:
agência de notícias anarquistas-ana
Imóvel,
o barco.
No entanto, viaja.
Yeda Prates Bernis
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!