Texto da okupa Dugrú (Lárissa), publicado em sua página web. O texto foi distribuído em 12 de dezembro no bairro de um piso que foi incendiado em 23 de novembro por uma vela, causando graves feridas a um menino. A família monoparental que vivia no piso se arrumava para sobreviver sem eletricidade já que haviam cortado a luz fazia nove meses por não pagamento. Também, foi distribuído em uma ação realizada em 14 de dezembro pela okupa nos escritórios da Companhia de Eletricidade en Lárissa.
Em 23 de novembro de 2016 um piso no centro de Lárissa se incendiou por causa de uma vela acesa. O piso estava habitado por uma família monoparental, uma mãe e três crianças, e não tinha abastecimento elétrico desde fevereiro de 2016.
Como consequência do incêndio uma das três crianças, de 4 anos de idade, neste momento está hospitalizada na Unidade de Cuidados Intensivos de um hospital de Atenas com graves problemas respiratórios. Ademais, aquele mesmo dia a mãe das três crianças foi detida acusada de haver provocado o incêndio por negligência, e esteve dois dias detida antes de ser julgada por flagrante, ao mesmo tempo que seu filho se encontrava em estado crítico com sua respiração assistida na Unidade de Cuidados Intensivos.
Em tempos de memorandos, nos quais prevalece a austeridade econômica, o empobrecimento vai crescendo e a sociedade se priva de cada vez mais coisas, os únicos culpados são os Estados e os governos que com suas políticas desataram uma guerra aberta contra os oprimidos. Os culpados são os que com suas políticas conduzem à pobreza, às enfermidades e à morte a milhões de cidadãos. Os culpados do estado crítico em que se encontra o menino de quatro anos é a Companhia de Eletricidade, a qual condenou a uma família a privar-se da eletricidade porque seus recursos não eram suficientes para pagá-la. Os únicos culpados são os que com sua assinatura lhes privaram do abastecimento elétrico, a água ou o teto a muitas pessoas, não assumindo nenhuma responsabilidade das consequências de suas ações. São os que privam as pessoas de bens básicos para servir a seus interesses desumanos e lucrativos.
Atrás de qualquer corte de luz ou de água, atrás de qualquer ameaça de desalojo, atrás de qualquer leilão, estão os bolsos profundos dos bancos, das multinacionais e dos grupos de empresas privadas, os quais estão a espera para lucrar. Quanto mais é a exploração, mais é o dinheiro que chegará a estes bolsos. Quanto mais se enchem estes bolsos, mais será seu poder. Portanto, atrás de to da esta exploração da sociedade estão o Estado e o Capital.
Neste contexto, como membros de uma okupa, e vendo claramente que o Poder é o que determina nossas vidas, convertendo-as em uma mercadoria, propomos a coletivização de nossas resistências e a negativa de pagar, com o fim de alcançar a autodeterminação de nossas vidas. Nos negamos a por preço aos bens que são essenciais para a sobrevivência de todas as pessoas, e cuja deficiência equivale até à morte.
Nos solidarizamos com esta mãe, assim como com todas as pessoas que enfrentam os mesmos problemas, e juntamos nossas forças contra qualquer corte de luz e de água, contra qualquer leilão ou desalojo.
Nos cortam a luz, nos põem a culpa, os culpados são inocentes e nós ficamos com a vela.
Okupa Dugrú
O texto em grego:
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/ninguna-persona-sin-casa-ninguna-casa-sin-electricidad-y-agua/
Tradução > Sol de Abril
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