Texto informativo de vários coletivos estudantis sobre uma manifestação contra o salário “submínimo”, realizada em 17 de dezembro no centro de Atenas.
Após uma iniciativa de grupos estudantis autônomos da Escola Politécnica de Atenas, e de grupos libertários de Atenas, no sábado 17 de dezembro de 2016 ao meio-dia se realizou uma manifestação contra o salário “submínimo” e em geral contra a desvalorização de nosso trabalho. Ao chamado (da iniciativa) responderam a Associação de cozinheiros, a Assembleia aberta popular de Peristeri, a Assembleia de resistência e solidariedade de Kipseli-Patission, a Assembleia de trabalhadores e desempregados da praça Sintagma, a Iniciativa anarcossindicalista Rocinante, a União Sindical Libertária, a Assembleia de anarquistas pela emancipação social e de classe, assim como companheiros de associações e grupos de trabalhadores, assembleias e okupas de bairros, e coletividades políticas.
Mais de 150 estudantes, colegas e companheiros nos marchamos em várias ruas centrais do centro comercial e turístico de Atenas, acabando, ainda que fora temporariamente, com o ambiente “festivo”, com o qual o Estado, os prefeitos e os patrões tratam de ocultar os salários de fome, o trabalho sem segurança social, as horas extras não pagas, o trabalho no domingo, e a intensificação do trabalho excessivo que prevalece neste período.
Durante a manifestação se distribuíram folhetos a trabalhadores e consumidores, e se atiraram volantes contra o salário “submínimo”, o novo projeto de lei anti-trabalhador que está sendo preparado, assim como a desvalorização diacrônica de nosso trabalho. Se realizaram paradas na livraria Ianós na rua Eolu, pondo em relevo a repressão e super exploração dos trabalhadores nesta empresa-calabouço durante os últimos anos, em Everest em Monastiraki, pelos assassinatos de trabalhadores pela patronal desta empresa. Em Everest se deteve a produção, e membros da Associação de camareiros e cozinheiros distribuíram folhetos e travaram conversas com os companheiros e companheiras de trabalho desta empresa.
Em seguida a marcha se dirigiu aos escritórios da Confederação Grega de Comércio e Empresariado, os quais contribuíram durante os últimos anos com a desvalorização de nosso trabalho, ao trabalho sem segurança social, assim como a imposição do trabalho no domingo no setor do comércio. Quando se picharam lemas na porta do edifício os policiais das chamadas forças antidistúrbios, como uns verdadeiros protetores dos patrões, vieram para proteger esta associação da patronal. A marcha chegou à estação de metrô de Monastiraki, onde se gritaram lemas a favor do acesso livre aos meios de transporte de massas.
É necessário continuar nossa luta contra a desvalorização diacrônica de nosso trabalho, assim como contra a nova proposta de lei anti-trabalhadores que nos estão preparando o Estado e o Capital. Devemos continuar de uma maneira mais organizada, mais massiva, mais combativa e mais perigosa!
Grupo autônomo de engenheiros elétricos, Grupo autônomo de topógrafos, Grupo libertário da Escola Técnica de Pireo, Grupo Libertário de Jarokopios, companheiros e companheiras
O texto em grego:
https://athens.indymedia.org/post/1567258/
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/atenas-manifestacion-contra-el-salario-subminimo/#more-12031
N.d.T.: O lema da faixa de uma das fotos: “Abolição de todos os salários submínimos. A bloquear a proposta de lei anti-trabalhadores”. A pichação na janela da livraria Ianós: “Forças antidistúrbios, valentões e agressões: Esta é a cultura de Ianós”. A pichação na parede: “40 horas por 400 euros? Bofetadas e chutes a todos os patrões”.
Tradução > Sol de Abril
Mais fotos:
agência de notícias anarquistas-ana
No colo da mãe,
Sem soltar o cata-vento,
Dorme a menina.
Sérgio Francisco Pichorim
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!