Segue o comunicado emitido pelo grupo que faz uns dias deu uma surra em uns seguranças no centro de Atenas.
A militarização do espaço público como aplicação do dogma da segurança em condições de crise capitalista, é uma das estratégias de desenvolvimento fundamentais da repressão estatal. O setor da segurança é, na melhor das hipóteses, o único que está em desenvolvimento dentro da crise, enquanto que o empobrecimento, o desemprego e a indigência, são via única para uma boa parte da sociedade.
Os ricos, os negócios lucrativos que exploram o potencial do trabalho (Plaisio, joalherias no centro de Atenas) e os bancos, estão se fortalecendo, colocando portas de segurança, câmeras de vigilância e seguranças valentões. Tudo isto serve para vigiar os trabalhadores e o espaço público, e para assegurar o lucro das empresas capitalistas.
Assim pois, na esquina das ruas Panepistimíu e Benaki faz tempo que apareceu um grupo de seguranças, o qual patrulha pelo espaço público com o pretexto da vigilância dos negócios comerciais altamente lucrativos. A ação de dito grupo, cujos membros patrulham pelas ruas da metrópole como uns mercenários paraestatais, se complementa com incidentes de desalojo e repressão de grupos marginalizados (drogaditos, pessoas sem teto).
Como foi demonstrado no passado, os exércitos privados das empresas de segurança privados estão intimamente associados e colaboram com o [partido] Aurora Dourada. Especialmente, a empresa destes vigilantes de segurança, além do fato de que contribuem com a fascistização do espaço público, está demostrado que recruta fascistas e valentões que buscam um trabalho que seja concordante com seus valores podres e seus ideais misantropos.
As formas que usa o Estado para invadir o espaço público e para intensificar sua soberania e seu controle nele dependem das características especiais de cada zona (bairro) e dos fins de suas planificações. No bairro de Exarchia as máfias da droga estão tratando de jogar este papel. Nos bairros mais periféricos (Pérama), jogam este papel os fascistas, sendo serventes leais do Capital e títeres dos armadores e da plutocracia.
Nosso enfrentamento com os grupos organizados (qualquer que seja a forma e o conteúdo que tenham) que tratam de invadir o espaço público impondo sua hegemonia e o lucro da patronal, é inevitável. Porque a dominação destes grupos sobre o espaço público terá umas consequências corrosivas e desagregadoras para os movimentos e os lutadores.
PS. Sorríamos, pois, com a surra que receberam na esquina das ruas Panepistimiu e Benaki, e avançamos nas mágicas encostas acima de nossos deveres de classe, com a cabeça erguida.
Antifascistas, companheiros/companheiras
O texto em grego:
https://athens.indymedia.org/post/1569697/
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/seguratas-reciben-paliza-de-antifascistas-en-pleno-centro-de-atenas/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
no muro o caracol
se derrete nos rabiscos
da assinatura prateada
Dalton Trevisan
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!