O grupo de beneficência Food Not Bombs estabelece uma sede principal
por Tina Eshleman (2 de Março de 2017)
Imediatamente após as duas da tarde de um domingo recente, o doce cheiro de pão de chocolate e banana impregna o piso inferior do edifício em 607 Wickham St, que acolhe à filantrópica RVA Createspace, onde recentemente o Food Not Bombs (Comida sim, bombas não) instalou seu estabelecimento.
Durante mais de duas décadas, o grupo serviu comidas semanais no parque Monroe, cozinhando no exterior incluindo o antigo Coletivo Anarquista Wingnut em Southern Barton Heights. Food Not Bombs perdeu o acesso ao parque Monroe em novembro quando ele foi fechado para uma reforma de 12 a 18 meses, mas o grupo segue servindo refeições gratuitas no parque de Abner Clay, no bairro de Jackson Ward.
Enquanto isso, a organização gerida de forma voluntária desenvolve uma cozinha de qualidade no edifício de Createspace, onde transferiu sua operação de cozinha em dezembro. Arthur Kay, o diretor de RVA Createspace e um voluntário do Food Not Bombs, dizem que no outono passado uma campanha de arrecadação de fundos online conseguiu levantar 4.205 dólares para a causa. Os objetivos também incluem a abertura de um banco de alimentos para o bairro vizinho de North Side, oferecer jardim comunitário e cultivar produtos para as comidas semanais.
No menu deste domingo: abóbora amarela e abobrinha, batatas assadas, feijão e salada de pimentão com vinagrete de mostarda, couve, salada de tomate e crocante de maçã. A comida preparou-se num forno caseiro, apenas dois dias antes. Food Not Bombs adquiriu uma antiga cozinha de gás Garland de seis queimadores com uma grelha, assador e duplo forno. Ainda que o grupo pagou 500 dólares, Kay considera-o uma doação, estimando que pelo geral custaria aproximadamente 3.000 dólares de segunda mão. Apesar disso, antes de que o possam acender têm que instalar um exaustor — um projeto custoso.
Às três e meia da tarde, a equipe de nove voluntários carrega as bandejas de comida, as mesas e os engradados de bebidas nos carros, conduzem até o parque e montam uma linha de serviço no belveder. A multidão, ainda que mais minguada que nas reuniões no parque Monroe, apreciava agradecida. Uma pessoa diz que vive num albergue, o outro luta por passar o mês com 35 dólares em cupons de alimentos. Garland Mills, que viajou em sua bicicleta desde Idlewood Avenue, já ficara na fila das comidas no parque Monroe quando era um sem-teto. Desde que conseguiu seu próprio apartamento tem seguido com o costume. “Parece que tenho boa sorte cada vez que venho”, diz.
Para as cinco da tarde, as sobras têm sido distribuídas junto com sacos de pão, doces e outros produtos. Todo o lixo é recolhido e os utensílios de servir carregados de novo nos carros, e o belveder fica tão vazio como quando chegaram.
Fonte, mais fotos: http://richmondmagazine.com/news/food-not-bombs/
Tradução > Biel Rothaar
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!