Roger Waters está considerando tocar seu icônico “The Wall” na linha fronteiriça.
Roger Waters não é um músico que se deixe silenciar por autoridades e crê firmemente que os músicos e figuras públicas têm não somente o direito, como também a obrigação de usar sua posição, notoriedade e voz para falar por aqueles que não são escutados e denunciar o que se passa no mundo.
O álbum The Wall, um dos mais famosos da banda Pink Floyd, não nasceu como um hino político, mas hoje é mais relevante que nunca e adquiriu um significado mais profundo do que a banda pensou quando fez seu lançamento nos anos 70. O álbum adquiriu um caráter revolucionário e anarquista pela primeira vez quando Waters e sua banda interpretaram canções na Alemanha para comemorar a queda do muro que dividia a cidade de Berlim em duas partes e mantinha famílias inteiras incomunicáveis.
A ameaça de um novo muro que separe o México de seu poderoso vizinho do norte têm polarizado o mundo e semeado o ódio, a indignação e os conflitos entre as nações. O atual POTUS (Presidente dos Estados Unidos) não tem duvidado em usar seu novo poder para tentar uma volta a época do pós-guerra e nos fazer sentir que estamos sob o controle de um regime totalitário e intolerante que não acredita na colaboração e na unidade.
Atores, músicos, ativistas e cidadãos comuns e correntes estão mostrando sua inconformidade por meio de marchas, obras de arte, cartazes, peças de comédia até música de protesto contra o mandatário e a favor dos que se vêem mais afetados. Waters, que chamou o regime de Trump de “tão perigoso quanto o fascismo”, é um dos muitos músicos internacionais que se uniram aos protestos e estão falando abertamente sobre os perigos de um governo baseado em segregação e medo, e seu pr óximo concerto poderá ser uma de suas maiores declarações políticas.
Além de estar trabalhando em um novo álbum que poderá ser lançado depois de uma turnê pelos Estados Unidos no verão, e ter declarado estar aberto a uma reunião do Pink Floyd, Waters declarou em uma entrevista que está interessado em interpretar as canções do álbum The Wall na zona que estará ocupada pelo muro, se Trump cumprir suas promessas.
Waters já tinha feito uma crítica ao atual presidente em sua visita ao México em outubro do ano passado, e com este novo concerto nos demonstra que nem todo mundo compartilha de suas polêmicas opiniões sobre os mexicanos, os migrantes e as relações diplomáticas.
Fonte: http://www.gq.com.mx/actualidad/musica/articulos/roger-waters-concierto-en-el-muro-de-trump/7544
Tradução > Rádio Em Missão
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tecendo o tempo!
Tânia Diniz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!