Em 2015, uma companheira de Amsterdam foi presa. Acusada de ter participado de um roubo em 2013 de um banco Aachener em Aachen [na Alemanha]. Depois de alguns meses em prisão preventiva e várias semanas de julgamento, finalmente foi absolvida e liberada. Sem embargo, pode-se supor que a Promotoria de Aachen apelará ao veredito e irá a corte de revisão.
Em abril e junho de 2016, outras duas companheiras, desta vez de Barcelona, foram detidas e encarceradas pelo Estado espanhol, acusadas pela mesma promotoria de ter participado de outro roubo de banco. As duas foram logo extraditadas para a Alemanha em junho de 2016, onde estão sob regime U-Haft (prisão preventiva para investigação). O julgamento contra elas começou em janeiro de 2017 no complexo de justiça de Aachen e o processo foi prorrogado até o dia 22 de maio de 2017.
Não nos surpreende que aquelas que se opõem e lutam contra a miséria deste mundo forjado pela dominação sejam atacadas, processadas e castigadas. Não estamos interessados em discutir sobre a culpabilidade ou inocência, na linguagem que pertence ao nosso inimigo e a qual rechaçamos. Nossos inimigos seguem a lógica da divisão e categorização de indivíduos, para logo ter a possibilidade de fichar aos indesejáveis. Compartilhamos com as companheiras acusadas uma aversão a este sistema, e tamb&eacut e;m ao sistema penitenciário que perpetua a distinção entre as cidadãs de bem e as que merecem ser castigadas.
Odiamos todas as estruturas repressivas de todos os Estados, igualmente à todos os tentáculos de grande alcance da igreja, com sua larga tradição de opressão. A igreja é parte do Estado, ligada diretamente aos bancos e participando e mantendo o controle que nos é imposto diariamente.
Deram passos consideráveis no desenvolvimento e no papel da repressão em nossa vida cotidiana. Novas tecnologias e progresso no deciframento do DNA, análises biométrica, câmeras de vigilância… e tantos instrumentos que geralmente servem para estudar, digitalizar e controlar. Também representam parte da estrutura, parte de nossos inimigos, contra os quais tomamos uma posição e queremos destruir.
A colaboração da polícia, juízes e investigadores de diferentes Estados é uma velha estratégia que teve atualização na Europa para contribuir com um sistema capitalista mais rápido, claro e cruel.
Com nossas veias cheias de raiva, força e valentia, saímos às ruas. Reforçados a cada golpe repressivo, estamos à altura de nossas companheiras. Mostraremos para elas através da continuação de nossas lutas e através de nossa solidariedade o desejo de destruição de um sistema que não queremos e não necessitamos.
Este é um chamado para a solidariedade com as anarquistas acusadas de roubo em Aachen. É um chamado para manter vínculos entre as rebeldes e as oprimidas em todo o mundo onde seja possível.
Utilizamos nossas ferramentas para sabotar e atacar, destruindo as estruturas de poder. Utilizamos nossa imaginação para expressar nossa solidariedade em todas suas formas enquanto nossa paixão nos inspira a continuar nossas lutas.
Portanto, chamamos a expressar a solidariedade com as companheiras na semana de 17 à 23 de abril.
Nada está concluído, nossas lutas continuam! Até que todas estejam libertas!
Solidariedade com as companheiras em julgamento em Aachen.
Liberdade para elas! Liberdade para todas!
Pela revolta! Pela anarquia!
Fevereiro de 2017,
Em algum lugar deste mundo.
Tradução > Rádio Em Missão
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!