Uma petição de três anos de prisão para a pessoa que convocou e outras duas, uma de um ano e oito meses e outra de um ano e nove meses, para dois dos participantes são o absurdo e desproporcional saldo repressivo da XIII Marcha à Prisão de Teixeiro, ocorrida em 2013.
Naquele ano, após a guarda civil tentar identificar a um dos participantes por lançar os habituais foguetes com os quais xs manifestantes transmitem sua solidariedade axs internxs (o barulho permite que xs presxs se inteirem do protesto), se produziu uma pequena troca de insultos entre guardas e manifestantes. O assunto não teve demasiada consequência, já que sequer houve detenções no momento, e se limitou a um empurra e empurra com xs participantes para que não identificassem ao companheiro em questão. Pois bem, depois de quatro anos dos acont ecimentos, eis que chegam as petições para o iminente julgamento. Além da imputação a dois anos de prisão, pela qual não se ingressará na prisão a menos que tenham antecedentes. Até aqui algo mais ou menos previsível, mas o mais surpreendente do caso é a petição de três anos de prisão para uma das pessoas que havia dado seu DNI [documento nacional de identificação] para convocar a Marcha. Eles se amparam no artigo legal previsto para manifestações nas quais desde a organização se promove levar armas ou explosivos com o fim de organizar controvérsias, para deste modo, poder sustentar semelhante petição desproporcional, que, se for convalidada por um juiz, implicaria a imediata entrada na prisão.
Esta não é a primeira vez que se produzem atuações repressivas desproporcionais contra os participantes nas anuais Marchas à Prisão de Teixeiro, que já está em sua décima sétima edição. Pois parece ser que a delegação do governo mantém um pulso firme com os manifestantes para acabar com semelhante audácia, como pode ser mostrar a solidariedade às pessoas privadas de liberdade. Desta forma, em várias ocasiões, se multou a todxs xs participantes para não ser convocada a Marcha: quando as Marchas começaram a se convocar então sancionaram aos carros dos assistentes com absurdas multas de trânsito. Xs solidárixs sempre são submetidos a desproporcionais e exaustivos controles antiterroristas com registros de seus veículos a carg o de guardas armados com sub-metralhadoras. Em uma ocasião eles até chegaram a furar os pneus dos carros dos manifestantes (mais de vinte pneus furados de dezenove carros)… e é que os caminhos da benemérita são inescrutáveis.
Seguiremos informando.
Tradução > KaliMar
agência de notícias anarquistas-ana
velha poça
um sapo pula dentro
o som da água
Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!