13 de abril de 2017
Se a razão é uma bússola, as paixões são os ventos – Alexander Pope
Hoje faz um ano da detenção da nossa companheira, que no dia 13 de abril de 2016 foi sequestrada pelos Mossos d’Esquadra [polícia da catalunha] numa operação conjunta com a polícia alemã e que atualmente se encontra na cadeia de Köln, em prisão preventiva, enquanto ocorre o julgamento contra ela e outro companheiro (na cadeia de Aachen) acusados de assaltar uma sucursal do Pax-Bank em Aachen, em novembro de 2014.
Além disso, a companheira holandesa, que em dezembro passado foi absolvida da acusação por ter expropriado uma sucursal do Aachener Bank em 2013, segue à espera do recurso apresentado pela acusação, se ele será admitido ou não.
Durante o julgamento que atualmente ocorre, podemos observar com claridade a utilização de todos os mecanismos de controle que os aparatos repressivos do Estado tem à sua disposição (celulares sob escuta, perseguição policial, troca de base de dados de ADN, gravações de câmeras de vigilância, relatórios biométricos, ajuda de vários especialistas do âmbito universitário aos laboratórios forenses, colaboração entre funcionários de vários Estados, etc) para assegurar o “funcionamento normal” de uma sociedade que detestamos. Uma sociedade baseada na dominação capi talista e na opressão, que controla todos os aspectos da nossa vida, a alienação consumista e a miséria de uma maioria em benefício de uns pouco s privilegiados.
Pouco nos importa que as acusadas sejam responsáveis ou não, toda a nossa cumplicidade com aqueles que desafiam as lógicas da propriedade privada e da exploração e arriscam a sua liberdade por uma vida mais plena.
Também não nos importa as suas categorias de inocentes ou culpados. Para manter a paz social, o poder aponta em primeiro lugar contra os “suspeitos habituais” e castigando-os trata de dar o exemplo a todos os potenciais refratários que, no seu momento, podem opor-se ao Sistema. E com a permanente ameaça de “fichamento, vigilância, processamento e cadeia”, o Estado trata de quebrar os vínculos solidários entre os corações rebeldes que frente a imposição das fronteiras e de barreiras reconhecem a mesma luta pela liberdade.
Nem inocentes, nem culpados! Solidariedade rebelde e internacionalista!
Que não se sintam sozinhas na última fase do julgamento! Que sintam o nosso calor e amor rebelde!
Pela destruição dos bancos, das cadeias e da sociedade que os necessita!
Algumas anarquistas, 13 de abril de 2017
Fonte: https://solidariteit.noblogs.org/post/2017/04/13/13th-of-april-2017/
Tradução > Joana Caetano
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