Estas são as memórias que Félix Padín Gallo (1916-2014) deixou escritas antes de sua morte. Nelas recolhe suas vivências como militante anarcossindicalista da CNT e das Juventudes Libertárias de Bilbao durante a II República, a Guerra Civil e a posterior repressão franquista,
Em uma primeira etapa nos relata suas peripécias no seio das JL, em um grupo de ação e na CNT. Logo, durante a guerra civil, rememora sua passagem pelas milícias libertárias na Frente de Ochandiano e, posteriormente, pelos batalhões confederais “Isaac Puente” e “Durruti”. Por último, após ser feito prisioneiro em junho de 1937, conta seus padecimentos nos diversos campos de concentração nos quais foi recolhido, especialmente os de Murguía e Miranda de Ebro.
Com estas páginas Félix perseguia dois objetivos muito claros: o primeiro e mais emotivo era homenagear e resgatar do esquecimento os militantes libertários que conheceu durante aqueles anos e com os quais compartilhou ideais e luta por um mundo mais justo e livre. O segundo, mais pragmático, foi deixar testemunho direto da terrível repressão franquista que sofreu junto a outros muitos companheiros. Precisamente a esta missão dedicou Félix as últimas décadas de sua vida dentro do Movimento pela Recuperação da Memória Histórica. Seu último grande serviço foi prestar declaração no Tribunal de Miranda de Ebro em 4 de agosto de 2014 – dois meses antes de seu falecimento – no Processo 4591/10 contra os Crimes do franquismo que instrui na atualidade a juíza argentina Ma ría Servini.
Os autores
José Ignacio Orejas (Herrera de Pisuerga, 1960) é licenciado em Ciências da Informação e militante da CNT de Bilbao desde 1979, organização na qual ocupou diversos cargos. Nas últimas décadas, seu interesse pela história o levou a realizar um exaustivo trabalho arquivista e de documentação do anarquismo no Norte. A este respeito, colaborou em diversas exposições (“Bizi izan genuena/Lo que vivimos” e “Anarcosindicalismo en Euskal Herria 1910-2010”), em livros como “El anarquismo en Burgos”, de Ignacio C Soriano e outros, 2015) e na imprensa libert& aacute;ria em geral. Também cabe destacar sua colaboração no âmbito da Memória Histórica e de reparação às vítimas do fascismo, facilitando informa&cce dil;ão e documentos para acesso a indenizações e outras compensações oficiais.
Miguel Íñiguez (La Rioja, 1948) é militante da CNT de Vitoria, sendo um dos seus promotores em 1976. Promoveu a Associação Isaac Puente em 1982, dedicada a arrecadar todo o tipo de documentação e informação sobre o anarquismo espanhol. Contribuiu em publicações libertárias como Cultura Libertária, Puandora Libertária e Albor. Foi o redator principal dos “Cadernos para uma Enciclopédia Histórica do Anarquismo Espanhol” (1983-1992), trabalho que com o tempo resultou nos livros “Esboço de uma Enciclopédia Histórica do Anarquismo Espanhol” (2001), e “Enciclopédia Histórica do Anarquismo Espan hol” (2008, em três tomos). Também publicou outros livros e panfletos, entre os quais figura “A imprensa Anar quista no País Basco, La Rioja e Navarra” e em colaboração com Juan Gómez, “Isaac Puente – médico rural, divulgador científico e revolucionário” (ambos em 1996).
“Memorias de un anarquista bilbaino”
Félix Padín Gallo
Fundación de Estudios Libertarios Anselmo Lorenzo
Madrid, 2017 (Biografías y Memorias, 9).
ISBN: 978-84-86864-97-2
196 págs. (16 páginas de fotografias a color, 8 de documentos)
Preço: 16 euros
fal.cnt.es
Tradução > Sol de Abril
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tarde cinza
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toda luz do dia
Alexandre Brito
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!