A Federação de professores, Fenaps, demitiu um empregado por ter compartilhado uma convocatória para participar de uma concentração, e por ter, dizem, incitado jovens a participar de uma concentração. Resumindo: a pessoa é demitida por chamar e participar da manifestação contra o desalojo do Centro Social Autônomo “La Solidaria”.
Estas tensões e fatos devem se entender no marco desse velho enfrentamento entre xs defensores da ordem estabelecida e todxs aquelxs que lutam contra esse sistema de dominação capitalista. Faz parte da luta, não se calar, não se render.
Agora é necessária toda solidariedade com a pessoa despedida, que decidiu não ficar calada, se vitimizando ou acudindo para sua defesa a uma lógica institucionalista e institucional. A ilegalidade que representa o feito da demissão pela Fenaps ou a legitimidade formal que tem a demissão, já que é apoiado pelas outras duas ordens que integram a tripartite do Lugar onde trabalha (pais e alunxs), não é o tema central para nós.
A coragem de não se resignar a ser golpeado pelxs defensores do capital, e neste caso do partido comunista e seus cúmplices nos enche de orgulho. A manifestação compartilhada nas redes por estas pessoas colocava em questão a propriedade privada, a especulação imobiliária, a gentrificação e todo o sistema capitalista que os sustenta, não é causalidade. A manifestação que esta pessoa difundia é parte de uma mesma luta mais ampla contra o sistema imperante e ao mesmo tempo um apoio &agr ave;s formas auto-instituintes dxs que se atrevem, criam e fazem respeitar seus acordos em uma base de liberdade e reciprocidade.
Tal como no caso de José Lopex, filmado junto a uma camarilha batendo em garotos cercados, xs que escolhem os âmbitos sindicais para se organizar, sindicato patrão da demissão, e que tentam sobrepassar a simples ajuda mútua dentro do mundo de exploração, saberão se devem fazer algo a respeito ou não.
Nos solidarizamos com a pessoa despedida pelxs caguetas da mesa de Fenapes que votaram a demissão. Nos solidarizamos com todxs xs que não se calam e fazem algo para que sua voz se escute.
A luta continua na rua, aqui ninguém se rende!
Anarquistas.
Fonte: https://periodicoanarquia.wordpress.com/2017/04/11/cuando-el-silencio-es-complicidad/
Tradução > KaliMar
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!